SÃO FRANCISCO, 22 de fev (Diário do Povo Online) - Cerca de 5.000 pessoas realizaram uma manifestação em São Francisco na última sexta-feira (20) para protestar contra a acusação de um policial norte-americano da descendência chinesa, de Nova Iorque, pelo tiro acidental que conduziu à morte de um jovem negro de 28 anos de idade há mais de um ano atrás.
Na cidade onde a percentagem de habitantes de etnia chinesa é uma das mais altas entre as grandes cidades dos EUA, milhares de manifestantes reuniram-se na Praça Justin Herman em frente ao edifício histórico Ferry Building.
Os organizadores esperavam a participação de cerca de 2.000 pessoas na manifestação, mas a polícia destacada para a cena, na manhã de sábado, estimou que o número chegou às cerca de 5.000 –sendo que quase metade das quais foram mobilizadas por comunidades em Chinatown.
No dia 20 de novembro de 2014, Peter Liang, um policial do Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD em inglês), estava patrulhando com o seu parceiro ao longo de um complexo de habitação em Brooklyn, no leste de Nova Iorque, quando foi surpreendido por um barulho.
Em uma escada que os manifestantes descreveram como "completamente escura", Liang sacou a sua pistola e disparou. A bala ricocheteou numa parede e baleou Akai Gurley, vítima do tiro acidental de Liang.
Liang foi considerado culpado da morte de Gurley e condenado por homicídio involuntário em segundo grau pelo júri no dia 11 de fevereiro.
A acusação provocou um tumulto nas comunidades da descendência chinesa.
Os manifestantes contra a acusação de Liang alegam que este se trata de um caso em que um norte-americano de minoria étnica serve de bode expiatório para a brutalidade policial, que perturba a sociedade norte-americana por um longo tempo.
Edição: Chen Ying
Revisão: Mauro Marques