Brasil adere ao comércio online chinês impulsionado pela competitividade dos preços

Fonte: Diário do Povo Online    14.01.2016 09h58

O número de adeptos do comércio eletrónico no Brasil não para de aumentar, sendo que se espera que o país sul-americano se venha a tornar num dos maiores mercados de comércio online do mundo. Uma parcela significativa deste crescimento deve-se em grande parte à estreita colaboração com empresas chinesas deste setor.

De acordo com as mais recentes informações, o número de adeptos do comércio eletrónico no Brasil já totaliza os 62 milhões de pessoas, cerca de um terço da população do país.

Renata Lage, uma produtora de televisão de 27 anos, faz parte do grupo de pessoas que aderiu a esta tendência. Ela diz que a maioria dos produtos que compra, fá-lo através da internet. “Por exemplo, este relógio é fabricado na China. É muito barato. Custou cerca de dois dólares e o design é bonito. Nos mercados brasileiros não podemos encontrar este tipo de produto. ”

Muitas empresas como o grupo Alibaba tomaram uma série de medidas com vista a atrair um maior número de consumidores brasileiros. Por exemplo, disponibilizando um vasto leque de produtos de baixo preço e criando páginas web em língua portuguesa.

O presidente da Câmara de Comércio Sino-Brasileira, Kevin Tang, assevera que as medidas adotadas pelos gigantes de comércio eletrónico chineses tiveram uma grande influência na popularidade do consumo online no Brasil. “Os consumidores brasileiros podem encontrar online preços mais competitivos, mais variedade, e podem adquirir os produtos com segurança. Considerando estes fatores, é natural que os brasileiros considerem cada vez mais comprar produtos provenientes da China”.

O governo brasileiro também anunciou um conjunto de medidas para impulsionar o comércio eletrónico entre os dois países. A título de exemplo, o governo estabeleceu que os produtos com um custo inferior a 50 dólares podem ser importados sem serem sujeitos a qualquer tarifa. No caso do valor ser superior aos 50 dólares, será cobrado 60% do imposto. Os dois países encontram-se também numa fase de colaboração estreita de modo a acelerar o processo de entrega dos produtos.

Alberto de Mello Mattos, diretor do setor de negócios internacionais dos correios do Brasil, afirma que “todas as formalidades que estão ao cargo dos consumidores brasileiros, desde o despacho aduaneiro aos impostos, podem ser efetuadas pela via online. Depois disso a entrega dos produtos será feita ao domicílio. Não há a necessidade de vir para as filas dos correios para tratar deste tipo de tarefas”. De acordo com as estimativas, o Brasil deverá tornar-se no décimo maior mercado de consumo online do mundo em 2018.

Edição: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,editor)

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