A China vai introduzir um novo método para o estabelecimento do preço dos combustíveis no país. Pelo novo método, mais flexível, o preço dos combustíveis poderão seguir a flutuação do preço do barril de petróleo no mercado internacional, contanto que o preço do barril fiquei dentro da faixa entre US$ 40 e US$ 140.

O preço do gás será definido segundo a lógica de mercado, informou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, nesta quarta-feira, por meio de um comunicado. Com as mudanças, a gasolina e o diesel ficaram mais baratos, caindo para 140 yuans (US$ 21) e 135 yuans por barril, respectivamente.

Li Boqiang, diretor do Centro de Pesquisas Econômicas em Energia da Universidade de Xiamen, disse que “o estabelecimento dos preços do gás liquefeito de petróleo a partir do mercado é um bom ponto de partida”.

“Com oferta suficiente e aumento da capacidade de produção das empresas nacionais, o governo vai poder analisar essa implementação e, mais para frente, estender esse método para outras áreas”, disse Li.

A comissão disse que enquanto a China não baixa ainda mais o preço dos combustíveis para o mesmo patamar do valor cotado internacionalmente– o petróleo está sendo cotado a cerca de US$ 30 o barril -, a principal preocupação será garantir a segurança energética do país, promover a economia de energia e o desenvolvimento de novas energias não poluentes.

“Se o preço dos combustíveis fosse muito baixo, isso poderia aumentar o nível de dependência que o país tem do mercado internacional de petróleo, que já é de 60%. Isso também seria prejudicial para a qualidade do ar e para a mudança em direção às novas energias, ” informou a comissão. Liao Na, vice-presidente de uma consultoria na área de energia, disse que “os novos ajustes oferecem oportunidades para que os produtores nacionais conheçam melhor a faixa de preços adequada antes que ela seja totalmente pautada no preço de mercado”.

Xu Shaoshi, chefe da comissão, disse em um artigo publicado no Study Times, que a China vai ter os preços dos combustíveis com base nos preços de mercado até ao final do 13º Plano Quinquenal (2016-20).

Edição: Rafael Lima