A epidemia de HIV/AIDS que tem atacado particularmente os jovens estudantes chineses, especialmente os homens, abrange uma população que perfaz um número 4 vezes superior ao valor registado há 7 anos atrás, diz o especialista mais bem referenciado na área.
A China registou mais de 3,400 novos casos de HIV/AIDS este ano na população estudantil, sendo que em 2008 o número foi de 779, disse Wu Zunyou, líder do Centro Nacional de Controlo e Prevenção de HIV.
Durante o mesmo período, o número de casos da população em geral quase dobrou, disse, citando os dados do sistema de controlo epidémico em tempo real. Há 110,000 novos casos de HIV na China este ano.
“É uma tarefa árdua proteger os jovens estudantes do HIV/AIDS em particular”, disse.
De acordo com Wu, a maioria dos estudantes infetados são homens com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos, e cerca de 81% destes contraíram a doença através de relações homossexuais.
Em comparação, as relações sexuais heterossexuais ainda excedem as homossexuais como via de transmissão entre homens e mulheres da mesma faixa etária.
Geograficamente, as províncias de Sichuan, Jiangsu e a capital Pequim, são as que registam um maior número de ocorrências de estudantes afetados pelo problema.
Dos estudantes infetados, 83% estão sob tratamento antirretroviral, e mais de 90% estão cobertos por serviços como supervisão de desenvolvimento patológico e intervenção comportamental.
Ambos os valores são elevados em comparação com a população da mesma idade que não estuda, disse Zhao Yan, vice-diretor da Divisão de Tratamento e Cuidados para o HIV e de Prevenção e Controlo de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Edição: Mauro Marques