Líderes da marinha chinesa e norte-americana discutirão situação do Mar do Sul da China via conferência online

WASHINGTON, 29 de outubro (Diário do Povo Online) - O chefe de Operações Navais dos Estados Unidos, John M. Richardson, planeja fazer hoje (29) uma chamada de vídeo ao comandante da marinha chinesa, Wu Shengli, refere um comunicado realizado ontem (28) por um oficial norte-americano. Segundo ele, as duas partes vão discutir a situação do Mar do Sul da China e o relacionamento entre as marinhas dos dois países.

O oficial afirmou no mesmo dia ao site norte-americano ‘defensenews.com’ que a conferência de vídeo entre os líderes das marinhas dos dois países não será uma chamada de rotina, mas sim uma necessidade baseada na atual situação.

A Reuters publicou também no mesmo dia essa notícia, avançando que a conversa durará cerca de uma hora.

Segundo o website ‘defensenews.com’, esta será a terceira chamada de vídeo entre os líderes das marinhas dos dois países. As primeiras duas conversas foram realizadas em abril e agosto deste ano, respectivamente. Wu Shengli convidou John M. Richardson para visitar a China durante a segunda vez que comunicaram por essa via, mas a visita ainda não terá sido colocada em agenda, refere a reportagem.

O site revelou ainda que o comandante do Comando do Pacífico dos Estados Unidos, Harry B. Harris, Jr., e o comandante da Frota do Pacífico dos Estados Unidos, Scott Swift, estão a planear as suas visitas à China nas próximas semanas.

Nesta última terça-feira (27), o navio de guerra norte-americano ‘USS Lassen’, navegou sem autorização próximo das Ilhas Nansha, no Mar do Sul da China. O vice-ministro das relações exteriores da China, Zhang Yesui, convocou no mesmo dia o embaixador norte-americano na China, Max Baucus, onde apresentou o descontentamento e protesto face à situação.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lu Kang, reiterou numa conferência de imprensa realizada ontem (28), que a China detém a soberania indiscutível das Ilhas Nansha e do território circundante. Este terá frisado que a entrada sem autorização do navio de guerra norte-americano em águas adjacentes às ilhas em questão ameaça gravemente a soberania e a segurança da China, sendo uma provocação política grave para a China. As ações dos Estados Unidos constituem violações do direito internacional, nomeadamente dos princípios da ‘Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar’, e da lei chinesa, acrescentou.

Lu Kang exprimiu, por fim, que a China defende sempre uma solução para as diferenças com outros países, incluindo os Estados Unidos, através do diálogo – algo que depende de esforços conjuntos de ambas as partes.

Edição: Chen Ying

Revisão: Mauro Marques