O documentário “O Homem Basha” relata a forma como a aldeia de Basha mudou durante o advento do turismo. “Um Dia em Dazhai” conta a história de uma mulher da etnia Miao que herdou uma técnica de pintura em cera, passada através de gerações, vivendo uma vida dupla entre a sociedade moderna e a sua aldeia ancestral.
“Onludação de uma Pedra” conta como alguns jovens adultos voltam à sua aldeia natal, quase sem habitantes, numa tentativa de salvar os seus 600 anos de existência da extinsão. “Os Construtores de Sonhos” contam a história de outra mulher da etnia Miao e da sua luta de preservação da arte de bordado a estanho.
“Seres humanos são seres humanos, independentemente de crescerem numa sociedade moderna, numa cidade progressista ou numa pequena aldeia onde tentam preservar uma cultura com 1000 anos”, disse Andrew Wong, um dos responsáveis por “O Homem de Basha”.
“Estamos todos interligados pelos nossos desejos de uma vida melhor e, mais importante, não podemos pensar que sabemos o que é melhor para as outras pessoas, só por que crescemos num contexto diferente delas”, disse. “Cabe a cada indivíduo decidir o o seu destino. Eu espero que as pessoas se apercebam que aqueles que escolhem viver uma vida tradicional não devem nada aos que escolhem uma vida moderna”.
O filme “O Homem Basha” também se foca nas complexidades que o desenvolvimento económico trouxe a essas áreas remotas, tal como Gun Li Na, um habitante local e dançarino de música popular, expressa os seus sentimentos algo confusos relativamente ao turismo – por um lado tem receio que a cultura saia danificada com a mudança, mas não nega que os os lucros conseguidos através do turismo tiveram um impacto positivo.
Antes do turismo, Gun Li Na e a sua família teriam alguns dias onde não teriam o suficiente para comprar uma refeição, mas agora sobra comida no final de algumas refeições, referiu Wang.
Tradução: Mauro Marques