Por Su Xiaohui
A chancelaria chinesa anunciou na última terça-feira que o presidente Xi Jinping vai fazer uma visita de estado ao Reino Unido entre os dias 19 e 23 deste mês. Os governos de ambos os países depositam uma grande importância nesta visita e têm-se dedicado à promoção da entrada na “era dourada” dos relacionamentos bilaterais.

A afirmação “era dourada” surge num consenso firmado entre a China e o Reino Unido. Em fevereiro deste ano, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, classificou o ano de 2015 como a “época dourada” durante o seu discurso no Ano Novo Chinês. De seguida, Cameron sugeriu a mesma expressão para descrever os próximos cinco anos das relações sino-britânicas.
A China e o Reino Unido já estabeleceram vários mecanismos de intercâmbio, incluindo os diálogos estratégico, financeiro e humano. Em 2015, os dois países concluíram as “atividades previstas” tendo colhido vários frutos. A visita de Xi Jinping ao Reino Unido, a primeira vista oficial feita por um chefe de estado chinês ao país, pode ser considerada significativa para o futuro das relações bilaterais.
No aspecto comercial, o Reino Unido é o segundo maior parceiro comercial da China na União Europeia, enquanto a China, por seu lado, é o segundo maior parceiro comercial do Reino Unido fora da União. Além disso, o Reino Unido é o maior destino de investimento Chinês na União. Na área financeira, o arquipélago é o maior centro de liquidação de divisa chinesa fora do território do gigante asiático.
Neste ano, os dois países realizaram cooperações na governação global. Em março, o Reino Unido candidatou-se à adesão ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), tornando-se na primeira economia do “mundo ocidental” a integrar na instituição proposta pela China. A adesão da Grã-Bretanha é favorável à melhoria do ranking de crédito do BAII, desempenhando um papel exemplar para outros países.
Anos atrás, as relações entre Pequim e Londres encontravam-se em dificuldades por erros cometidos pelo Reino Unido. Com várias sessões de diálogo, Londres começou a estar ciente de que a interferência em assuntos chineses sob o pretexto de “direitos humanos” é uma falácia diplomática. Respeitar os interesses essenciais de ambos os lados é a base essencial para a manutenção das relações internacionais. A visita de Xi irá promover o tratamento mútuo das relações bilaterais na base de igualdade e tolerância.
Ao mesmo tempo, há um grande potencial de cooperação entre a China e o Reino Unido. Ambos os países são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e possuem interesses comuns na salvaguarda dos resultados da Segunda Guerra Mundial, manutenção dos princípios da Carta da ONU, e promoção do estabelecimento do novo tipo de relações internacionais. Além disso, os dois países têm necessidades mútuas de cooperação noutras questões globais e regionais.
(O autor é o vice-diretor do Instituto de Estratégia Internacional da Academia de Estudos Internacionais da China)
Tradução: Renato Lu
Revisão: Mauro Marques
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