Demanda pela língua chinesa não para de crescer

XIAMEN, Fujian, 12 de outubro (Diário do Povo Online) - De acordo com participantes da 8ª Convenção Global de Conterrâneos de Fujian, a escassez de professores de língua chinesa tornou-se um problema cada vez mais urgente em todo o mundo. Isto decorre do crescente estabelecimento de negócios e intercâmbios do mundo com a China.

A convenção realizada na última sexta-feira (9) em Xiamen, Província de Fujian, no sul da China, atraiu cerca de 640 empresários, acadêmicos e profissionais de 54 países e regiões cuja terra-natal é Fujian.

Didi Dawis, presidente da Associação de Conterrâneos de Fujian da Indonésia, disse que a Indonésia tem apenas cerca de 1.000 professores de chinês, muito pouco para satisfazer a demanda.

“Com o comércio e comunicação crescentes entre China e Indonésia, mais empresas dos dois países têm estabelecido empreendimentos e escritórios que fazem ligação entre os dois países. Estas novas empresas e institutos precisam de uma grande quantidade de talentos com qualificação em língua chinesa”, disse ele.

“A língua chinesa está desempenhando um papel cada vez mais importante no mercado de trabalho. Muitas escolas secundárias e universidades locais têm lançado cursos de chinês e estimamos que ainda precisamos de cerca de 80 mil professores de chinês”. Didi Dawis espera que a China tome as necessidades linguísticas da Indonésia em consideração e envie mais professores chineses para o país.

Nos anos recentes, a língua chinesa tem se tornado mais popular em todo o mundo. Os participantes dos outros países concordaram com a avaliação dos representantes da Indonésia.

“A primeira geração de chineses que foram viver em outros países ainda podem falar chinês fluentemente, mas para a segunda e terceira geração, o domínio da língua é realmente preocupante”, disse Jimmy Cheng, presidente da Associação de conterrâneos de Fujian nos Estados Unidos.

De acordo com Cheng, o governo norteamericano também notou a importância da língua chinesa e, em lugares populosos com Nova Iorque e Califórnia, diversas escolas secundárias têm lançado cursos de chinês. O Chinês tem se tornado a segunda língua para muitos alunos.

Ele apontou que vários chineses que vivem no estrangeiro estão ansiosos para estabelecer seus próprios negócios, por isso, buscam melhorar suas competências linguísticas.

Na Espanha, o número de pessoas que fazem testes de proficiência em língua chinesa tem ficado em primeiro lugar na Europa por três anos concsecutivos. Mais de 25 mil pessoas estão fazendo cursos de chinês. Em 15 escolas, o chinês já é disciplina obrigatória.

Dados dos Institutos Confúcio mostram que o número de professores de chinês nos países estrangeiros está crescendo ano após ano. No final de 2012, a China tinha enviado um total de 18 mil professores ao exterior. Esse número pode atingir 50 mil em 2020.

A China está buscando diversas formas de satisfazer a demanda global. O presidente Xi Jinping disse durante a sua visita aos EUA, em setembro, que nos próximos três anos a China vai apoiar o estudo de 50 mil estudantes chineses e norte-americanos em ambos os países, e os Estados Unidos vão oferecer oportunidades para um milhão de estudantes aprenderem chinês até 2020.

Tradução: Chen Ying

Revisão: Rafael Lima