A China irá considerar a nomeação dos documentos relativos às “mulheres de conforto” para serem incluidos nos Registos da Memória do Mundo da UNESCO, após recomendação da instituição mundial, refere o ministério dos negócios estrangeiros da China.
“O feedback da UNESCO é que existem outros países cujas mulheres foram submetidas ao flagelo comummente conhecido por ‘mulheres de conforto’”, disse Hua Chunying, porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros numa conferência de imprensa na segunda-feira.
O programa Memória do Mundo, estabelecido em 1992 pela UNESCO, facilita a preservação e a consciencialização para a herança documental mundial.
A nomeação do dossier do Massacre de Nanquim foi inscrita nos Registos da Memória do Mundo na última sexta-feira durante a sua 12ª edição. Os documentos das “mulheres de conforto”, também conhecido por “escravas sexuais das tropas imperiais japonesas”, não foram acrescentados.
O comité consultivo internacional do programa Memória do Mundo, encorajou os países afetados a nomearem em conjunto todos os documentos relevantes relativos às “mulheres de conforto”, seguindo os parâmetros de inscrição, para que possam ser analisados no próximo encontro em 2017.
“A China irá considerar essa opção e deliberar seriamente sobre ela”, disse Hua.
Tradução: Mauro Marques