XANGAI,9 de outubro (Diário do Povo Online) - A “Didi Kuaidi”, o maior aplicativo móvel de reserva de serviços de táxi da China, recebeu aprovação legal por parte das autoridades de transporte em Xangai para operar na cidade.
A oferta de serviços de táxi feita por carros privados não era permitida na China até a Comissão de Transporte Municipal de Xangai ter emitido a primeira licença de reserva de carros online ao Didi Kuaidi.
Cheng Wei, fundador e chefe executivo do Didi Kuaidi, disse que a empresa lançou o serviço em agosto de 2014. “Levou 14 meses até termos finalmente conseguido a luz verde por parte do governo”, terá dito num fórum em Xangai na quinta-feira.
O Didi Kuaidi, que recebeu recentemente um financiamento de 3 biliões de dólares, ultrapassou a rival Uber ao receber a licença para operar. De acordo com a comissão de transporte de Xangai, as empresas devem respeitar um leque de critérios, nos quais se incluem a inspeção dos condutores e dos veículos, seguro obrigatório para ambos o condutor e o passageiro, e ter os servidores do aplicativo localizados na China.
Sun Jianping, diretor da comissão, refere que a gestão dos transportes é sempre um desafio hercúleo para as grandes cidades.
“As nossas inovações na gestão de transportes online demonstra que lidamos com a situação de forma pragmática e realista”, disse.
A direção do Didi Kuaidi aproveitou a ocasião para referir que já se encontra em negociações com as autoridades de outros municipios da China para a obtenção de licenças semelhantes.
Analistas da indústria dizem que a obtenção da licença para operar em Xangai era o maior desafio para o alargamento da atividade da empresa no mercado chinês, dado que Xangai anteriormente tinha dirigido os seus esforços para atacar empresas como a Didi Kuaidi e a Uber.
O governo central já se encontra a rever as regulamentações para o aluguer de transportes do país.
Zhang Xu, um analista de Pequim afirma que, “O governo central irá dar margem de manobra aos governos locais para decidirem as políticas a tomar. O modelo de Xangai, com certeza servirá de guião para novos regulamentos no futuro.”
Tradução: Mauro Marques