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600 mil médicos chineses assinam petição contra violência hospitalar

Fonte: Diário do Povo Online    20.07.2015 15h38

GUANGZHOU, 20 de julho (Diário do Povo Online) - Um total de 600 mil médicos chineses assinaram uma petição “online” apelando para o fim de ataques violentos contra trabalhadores da saúde, depois de uma médica ter ficado ferida, quarta-feira passada (15), pelo seu paciente na Província de Guangdong, sul da China.

A polícia chinesa, a nível da cidade de Huizhou, em Guangdong, disse domingo último (19) que o suspeito, cujo sobrenome é Liao, confessou o ataque contra a médica, Ou Lizhi, do Hospital do Povo no Distrito de Longmen.

Ataques contra trabalhadores da saúde tem estado provocando a indignação pública, especialmente no setor médico. Mais de 600 mil médicos comprometeram-se até domingo último a participar na campanha da mídia social.

A Comissão Provincial da Saúde e Planeamento Familiar de Guangdong pediu sexta-feira passada (17) aos hospitais para cooperarem com departamentos locais de segurança pública para o estabelecimento de esquadras nos hospitais ou afetação de agentes da polícia.

O pedido é extensivo a colocação de câmeras de vigilância e de equipamentos de alarme.

Uma investigação policial sobre o ataque de Longmen indica que Liao, o suposto atacante, teria ido, quarta-feira passada (16), ao gabinete dos médicos no hospital de Longmen para procurar a Dra. Ou, uma antiga sua médica, para alegadamente inquiri-la sobre suas dores de cabeça.

Porque a Dra Ou não se encontrava de serviço, ela pediu ao paciente para que se dirigisse ao departamento ambulatório.

A resposta agitou Liao que, posteriormente, tirou uma faca da bolsa, ferindo a Dra. Ou na mão direita e braço esquerdo, antes de ser neutralizado por terceiros.

Liao disse que tinha ódio contra os médicos por supostamente acreditar que os medicamentos a ele prescritos pela Dra. Ou são a razão das suas crónicas dores de cabeça.

Entretanto, o diretor da Associação Médica de Guangdong, Tian Wuhan, afirmou que a frequente violência hospitalar não só deixa lesões físicas e traumas psicológicos aos funcionários médicos, mas também comprometem a relação entre os médicos e pacientes.

No passado mês de junho, pelo menos 12 casos de ataques violentos contra pessoal da saúde ocorreram nos hospitais chineses.

Uma pesquisa realizada no passado mês de maio pela Associação Chinesa de Médicos indica que 13% de 12.600 médicos disseram que, ano passado, foram agredidos fisicamente pelos seus pacientes e perto de 60% se queixaram de abusos verbais.

Os médicos afirmaram, ainda, que devido a estas práticas sentem falta de segurança nos seus locais de trabalho.

(Editor:Chen Ying,editor)

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