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China promove comércio eletrônico no mercado latino-americano

Fonte: Diário do Povo Online    13.07.2015 14h12

RIO DE JANEIRO,12 de jul (Diário do Povo Online) – Para consumidores latino-americanos, o Alibaba significa boa qualidade e baixo preço, eficiência e facilitação, opção diversificada e serviço personalizado. Os dados mostram que na esfera global, o Alibaba tem 350 milhões de usuários, 170 parceiros financeiros e 25 milhões de fornecedores. AliExpress é um dos 30 sites mais visitados do Grupo Alibaba.

Mouse liga China e América Latina

Daniela, que mora no Rio de Janeiro e tem um filho de cinco anos, sempre faz compras na AliExpress, sobretudo os sapatos, bolsas e joias. “Os produtos aí nos atraíram a comprar e o preço baixo deixa-nos a fazer economia, ” disse ela ao correspondente do Diário do Povo no Rio.

Segundo uma pesquisa recente realizada pela Similar Web, o AliExpress é desenvolvido bem nos países latino-americanos, incluindo o Brasil, Chile e México, sendo a plataforma transfronteiriça de comércio eletrônico mais visitada no Brasil.

O AliExpress foi lançado em 2010, tendo como objetivo ajudar os comerciantes chineses a venderem diretamente seus produtos aos consumidores fora da China. Com o AliExpress, os consumidores em mais de 220 países e regiões podem comprar mais de 40 tipos de produtos, como roupas, produtos digitais, sapatos, bolsas, acessórios e peças automotivas. A partir do registro de venda, os produtos para a cerimônia de casamento, vestidos, joias e produtos digitais são mais procurados na América Latina. Mulheres ocupam 70% dos clientes do AliExpress.

A maioria das plataformas de comércio eletrônico brasileiros vende produtos de marcas, com preços online e off-line iguais, mas a alta taxa tributária provocou a o preço elevado e a despesa dispendiosa da logística. “A América Latina tem poucas plataformas do comércio eletrônico, enquanto a China tem um grande número de vendedores qualificados que podem fornecer diversos produtos de boa qualidade com baixo preço”, afirmou Chen Gang, especialista em operações do AliExpress.

Além de vender produtos chineses à América Latina, o Alibaba também tenta importar produtos latino-americanos aos consumidores chineses. Recentemente, a empresa vem focalizando nos produtos agrícolas da América Latina, especialmente bagas chilenas, abacates mexicanos, entre outros. Com o desenvolvimento econômico, os chineses possuem cada dia maior poder de compra e maior interesse pelos alimentos importados de alta qualidade.

Melhorar a experiência dos consumidores

Para atrair mais consumidores latino-americanos, o Alibaba tomou uma série de medidas para melhorar a experiência na compra.

Em 2014, o AliExpress lançou as versões em português e espanhol, para facilitar os consumidores do Brasil, México, Peru e outros países latino-americanos a fazerem compras online. Em julho de 2014, o Alibaba e o correio brasileiro assinaram um memorando de cooperação. O correio brasileiro assume 75% dos pedidos internacional do país e prevê-se que o volume do comércio eletrônico modelo “B2C (empresas a consumidores) ” superará 30 bilhões de dólares em 2015. Por meio da cooperação com o correio local, o Alibaba pode estender seu serviço a todo as áreas brasileiras que o correio pode cobrir.

Através do acoplamento com o sistema postal, o Alibaba pode estabelecer uma plataforma informática que beneficiará os vendedores e compradores e elevar sua capacidade de logística por alugar centros de armazenamento. O Alibaba ainda ampliou a maneira de pagamento além de cartão de crédito internacional. No México, os consumidores podem fazer pagamento com cartão de crédito local e cartão de débito, e até nas lojas de conveniência, pode-se pagar facilmente a conta do AliExpress. No Brasil, os consumidores podem imprimir contas com código de barras e pagar nos bancos, ATMs e loterias de perto.

Fazer promoção nas redes sociais também é uma das maneiras efetivas para expandir as vendas do AliExpress. A empresa realizou interações com consumidores brasileiros via abundantes fotos e vídeos nos sites de redes sociais e reajustou a venda conforme os comentários dos compradores.

Logística e impostos limitam expansão de vendas

Apesar de rápida expansão na América Latina, o AliExpress enfrenta vários desafios, tais como tarifas, transporte de produtos, línguas, entre outros.

Por exemplo, depois de fazer compras online, os consumidores brasileiros precisam de esperar por um a dois meses para receber os produtos. Daniela queixou-se ao correspondente do Diário do Povo que o único problema da compra é o longo tempo de esperar. Uma vez, ela comprou um presente online por aniversário de um amigo, mas quando o presente chegou, já fez um mês do aniversário.

Quanto a isso, Chen Gang explicou que segundo as regras, os vendedores chineses enviam os produtos em 48 horas após receberem os pedidos, mas a maior restrição é a alfândega brasileira. Quando os produtos chegam ao Brasil, o despacho aduaneiro leva 20 a 80 dias. Para defender os diretos dos consumidores, AliExpress garantiu que, em condições gerais, os consumidores podem receber o reembolso de produto se não o receber em 90 dias.

A restrição da política acerca de imposto aduaneiro do Brasil é um outro obstáculo para o desenvolvimento do AliExpress. De acordo com as regras do governo brasileiro, o consumidor tem que pagar o imposto alfandegário se importar um produto com o preço mais de 50 dólares, e o imposto, ao máximo, pode superar 60% do preço do produto, o que faz com que o preço de produtos chineses comprados online aproxime ao de produtos vendidos nas lojas locais.

Além disso, a língua é um obstáculo para a comunicação entre os vendedores e consumidores. A maioria dos vendedores online são empresas médias e pequenas, sem capacidade para contratar tradutores. Atualmente, eles conversam com os consumidores online por meio de softwares de tradução e preparam antecipadamente as respostas para os problemas comuns, a fim de elevar a eficiência de comunicação. 

(Editor:Renato Lu,editor)

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