
BEIJING, 16 de jul (Diário do Povo Online) – Teerã fechou um acordo histórico sobre a questão nuclear iraniana com os seis países na terça-feira em Viena, na Áustria, fato de que pode pôr em fim as sanções contra o país e promover o comércio e cooperação com a China, disseram analistas.
O acordo firmado com a China, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e os Estados Unidos visa limitar o programa nuclear do Irã em troca da suspensão gradual das sanções.
As sanções diminuíram a exportação do petróleo do país e danificaram sua economia.
Shada Islam, diretor da política do Think Tank “Friends of Europe”(Amigos da Europa), baseado em Bruxelas, disse que a China pode ajudar o Irã a mitigar o impacto das sanções por meio de oferecer “assistência emergencial” de curto prazo.
A ajuda chinesa vai preencher o buraco no setor de saúde e fornecer itens essenciais e necessários.
“Ao longo prazo, naturalmente, o foco vai ser no desenvolvimento da infraestrutura, e setor de petróleo e gás do Irã, ” disse Islam. “Levando em conta a localidade e os interesses regionais, o Irã vai também desempenhar um papel importante na proposta chinesa de nova Rota de Seda.
An Huihou, um ex-embaixador chinês no Egito, disse que o Irã tem um desejo forte para participar da iniciativa chinesa de “Um Cinturão e Uma Rota”, de modo a recuperar sua economia.
O laço econômico estreito vai promover ainda a estratégia de empresas chinesas de “investir no exterior” e elevar as relações da China com outros países do Oriente Médio, acrescentou An.
O Irã, um país importante na antiga Rota de Seda, já se aderiu ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII) como um membro fundador.
O volume do comércio bilateral entre a China e o Irã atingiu 51,8 bilhões de dólares no ano passado, um aumento de 31,5% em comparação com o do ano anterior. Os principais itens que a China importa do Irã incluem óleo cru e minério de ferro.
As autoridades iranianas disseram que Teerã almeja recuperar o nível da exportação do óleo do período antes do embargo, embora os especialistas afirmem que aumentar a produção precisa de tempo. Saudi Jadwa Investments sugeriu em um recente relatório que o Irã vai aumentar 150 mil barris por dia até o quarto trimestre.
Fraser Cameron, diretor do Centro UE-Ásia, com sede em Bruxelas, assinalou que a economia iraniana tem prospectivas notáveis por causa de sua abundante reserva do petróleo e a população dinâmica. O levantamento gradual das sanções pode ajudá-lo a realizar o potencial.
“Ele pode se tornar rapidamente a maior força econômica no Oriente Médio, “ disse Cameron, “o Irã se localiza em uma situação geoestratégica e pode ser um ponto importante para a iniciativa chinesa de nova Rota de Seda. As relações entre Beijing e Teerã podem desenvolver-se muito rápido já que eles têm complementaridade econômica. ”
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