Uma exposição de arte foi inaugurada em Dar es Salaam, na Tanzânia, convidando os espectadores a conhecer tanto o passado histórico quanto o presente vibrante da Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), um símbolo duradouro da amizade entre a China e a África.
Inaugurada na quarta-feira, a exposição, que ainda está em cartaz, apresenta 46 obras de arte, sendo 11 de artistas tanzanianos e 35 de seus colegas chineses, reacendendo memórias para Solomon Mwakasanga, 73 anos.
Mwakasanga, que ingressou na TAZARA em 1970 como escriturário e se aposentou em 2005 como chefe de estação sênior, parou por um longo momento diante de um retrato que mostra trabalhadores transportando trilhos de aço por um terreno acidentado.
"Construímos esta ferrovia juntos", disse ele. "Ela mudou a conectividade regional e mudou nossas vidas. Eu me beneficiei muito com ela".
Trabalhadores aposentados da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia posam para foto em grupo na exposição de arte intitulada "Juntos no Mesmo Caminho", realizada em Dar es Salaam, Tanzânia, em 26 de novembro de 2025. Uma exposição de arte foi inaugurada em Dar es Salaam, Tanzânia, convidando os espectadores a conhecer tanto o passado histórico quanto o presente vibrante da Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), um emblema duradouro da amizade entre a China e a África. (Xinhua/Emmanuel Herman)
A exposição, intitulada "Juntos no Mesmo Caminho", combina materiais de arquivo, histórias orais e obras de arte contemporâneas para comemorar o 50º aniversário da conclusão da ferrovia TAZARA.
Em cartaz até 26 de janeiro de 2026, a mostra é uma apresentação conjunta da Embaixada da China na Tanzânia, do Museu Nacional da Tanzânia, do Museu Nacional da China e da Corporação de Construção de Engenharia Civil da China.
Solomon Mwakasanga, um trabalhador aposentado de 73 anos da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia, mostra ele mesmo em uma pintura na exposição de arte intitulada "Juntos no Mesmo Caminho", realizada em Dar es Salaam, Tanzânia, em 26 de novembro de 2025. Uma exposição de arte foi inaugurada em Dar es Salaam, Tanzânia, convidando os espectadores a conhecer tanto o passado histórico quanto o presente vibrante da Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), um emblema duradouro da amizade entre a China e a África. (Xinhua/Emmanuel Herman)
Mwakasanga relembrou a forte camaradagem entre os trabalhadores africanos e chineses que viviam de forma simples, compartilhavam dificuldades e construíam a ferrovia através de montanhas e vales.
Em locais remotos onde os idiomas se chocavam, surgiu uma "linguagem híbrida da construção ferroviária", uma mistura de suaíli e chinês, para facilitar a comunicação e reduzir os riscos. "Eles escolheram viver com a gente nas aldeias, dormindo em camas simples e comendo o que tínhamos", disse ele.
Entre os artistas tanzanianos em destaque estava Fred Halla, 50 anos, fundador da Urithi Arts, um estúdio criativo em Dar es Salaam. Halla cresceu vendo os trens da TAZARA passarem por sua cidade natal, e participar da exposição permitiu que ele adicionasse sua própria perspectiva artística à história da ferrovia.
"Para mim, a TAZARA não é só uma ferrovia", disse ele. "É um símbolo de parceria entre Tanzânia, Zâmbia e China, e um símbolo que impactou oportunidades econômicas, educação, saúde e intercâmbio cultural".
Halla descreveu a infraestrutura da TAZARA como "uma prova da determinação humana", homenageando as gerações que construíram e dependeram da linha, apesar da tecnologia limitada da época. "É incrível ver o sacrifício que tornou possível romper barreiras na movimentação de pessoas e mercadorias".
A exposição se desdobra em quatro seções temáticas: "Grande Visão, Passado Glorioso", "Cultivando Sinceridade, Resultados Reais, Amizade e Boa-fé", "Amigos Através das Gerações", "Paisagem ao Longo da Magnífica Ferrovia Tanzânia-Zâmbia" e também "Mural de Vozes".
A ministra de Recursos Naturais e Turismo da Tanzânia, Ashatu Kijaji, descreveu a exposição como uma "sala de aula viva" que preserva os sacrifícios e as conquistas de trabalhadores e engenheiros. Ela também enfatizou o papel da TAZARA como um legado precioso da solidariedade entre a África e a China.
A embaixadora chinesa na Tanzânia, Chen Mingjian (1º à esquerda, frente), cumprimenta trabalhadores aposentados da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia na exposição de arte intitulada "Juntos no Mesmo Caminho", realizada em Dar es Salaam, Tanzânia, em 26 de novembro de 2025. Uma exposição de arte foi inaugurada em Dar es Salaam, Tanzânia, convidando os espectadores a conhecer tanto o passado histórico quanto o presente vibrante da Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), um emblema duradouro da amizade entre a China e a África. (Xinhua/Emmanuel Herman)
A embaixadora da China na Tanzânia, Chen Mingjian, destacou o papel histórico e simbólico da ferrovia, chamando-a tanto de "Ferrovia da Liberdade", por seu apoio aos movimentos de libertação no sul da África, quanto de "Ferrovia da Amizade", representando os laços fortes e duradouros entre a China e a África.
"Apesar dos recursos limitados, a China enviou mais de 50.000 engenheiros e técnicos e transportou mais de um milhão de toneladas de materiais", acrescentou ela.
