Português>>Atualidade

China se opõe aos danos contínuos causados pela primeira-ministra japonesa à base política dos laços bilaterais, diz porta-voz da chancelaria

Fonte: Diário do Povo Online    28.11.2025 08h34

A China se opõe firmemente aos contínuos ataques da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, à base política das relações sino-japonesas, que se fundamenta no espírito dos quatro documentos políticos entre os dois países, afirmou na quinta-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Foi noticiado que Takaichi declarou na quarta-feira, durante um debate com líderes da oposição, que "tendo renunciado a todos os direitos e reivindicações previstos no Tratado de São Francisco, não estamos em posição de reconhecer o status jurídico de Taiwan".

Em resposta, o porta-voz Guo Jiakun declarou em uma coletiva de imprensa regular que a recuperação de Taiwan pela China é um resultado vitorioso da Segunda Guerra Mundial e parte integrante da ordem internacional do pós-guerra. Uma série de instrumentos com efeito jurídico sob o direito internacional, incluindo a Declaração do Cairo, a Proclamação de Potsdam e o Instrumento de Rendição do Japão, reafirmaram a soberania da China sobre Taiwan.

A questão relativa ao estatuto de Taiwan foi resolvida de uma vez por todas quando o povo chinês conquistou a vitória na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa em 1945. Em 1 de outubro de 1949, foi estabelecido o Governo Popular Central da República Popular da China (RPC), que desde então é o único governo legítimo representando toda a China. Trata-se de uma mudança de governo na qual a China, como sujeito de direito internacional, não sofreu alterações, e a soberania e as fronteiras territoriais inerentes da China permaneceram inalteradas, afirmou Guo, acrescentando que, portanto, o governo da RPC goza e exerce, de forma natural e plena, a soberania da China, incluindo a soberania sobre a região de Taiwan.

Ele afirmou que a Declaração Conjunta Sino-Japonesa de 1972 declara que "O Governo do Japão reconhece o Governo da República Popular da China como o único governo legítimo da China. O Governo da República Popular da China reitera que Taiwan é parte inalienável do território da República Popular da China. O Governo do Japão compreende e respeita plenamente esta posição do Governo da República Popular da China e mantém firmemente a sua posição nos termos do Artigo 8 da Proclamação de Potsdam".

O chamado "Tratado de São Francisco" foi emitido com a exclusão de importantes partes envolvidas na Segunda Guerra Mundial, como a República Popular da China e a União Soviética, com o objetivo de buscar um acordo de paz separado com o Japão. O documento contraria a disposição de que cada governo se compromete a não firmar um armistício ou paz separado com seus inimigos, conforme previsto na Declaração das Nações Unidas assinada por 26 países em 1942, incluindo China, Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética, e viola a Carta da ONU e os princípios básicos do direito internacional, afirmou. "Tudo o que estiver estipulado no tratado, incluindo a soberania sobre Taiwan ou o tratamento do território e dos direitos soberanos da China como não signatária, é, portanto, totalmente ilegal e nulo", disse Guo.

Ele afirmou que a primeira-ministra Takaichi optou deliberadamente por não mencionar a Declaração do Cairo e a Proclamação de Potsdam — dois documentos jurídicos internacionais com plena eficácia e sublinhados na Declaração Conjunta Sino-Japonesa, no Tratado de Paz e Amizade entre a China e o Japão e em outros tratados bilaterais —, observando que ela mencionou exclusivamente o ilegal e inválido "Tratado de São Francisco".

"Tudo o que está estipulado no tratado, incluindo a soberania sobre Taiwan ou o tratamento do território e dos direitos soberanos da China como país não signatário, é, portanto, totalmente ilegal e nulo", disse Guo.

Ele disse que a primeira-ministra Takaichi optou deliberadamente por não mencionar a Declaração do Cairo e a Proclamação de Potsdam — dois documentos jurídicos internacionais com plena eficácia e mencionados na Declaração Conjunta Sino-Japonesa, no Tratado de Paz e Amizade entre a China e o Japão e em outros tratados bilaterais —, observando que ela mencionou exclusivamente o ilegal e inválido "Tratado de São Francisco". Isso demonstra, mais uma vez, que a primeira-ministra continua relutante em assumir a responsabilidade por seus erros e em se retratar do rumo equivocado, continua a prejudicar a base política das relações China-Japão, estabelecida sob o espírito dos quatro documentos políticos entre os dois países, demonstra desrespeito pela autoridade da ONU e desafia abertamente a ordem internacional do pós-guerra e as normas básicas do direito internacional, chegando até mesmo a tentar reforçar a suposta noção de que o estatuto de Taiwan é indeterminado. Isso apenas agrava a situação, afirmou Guo.

"A China rejeita veementemente essa afirmação e exige a máxima vigilância da comunidade internacional. Instamos, mais uma vez, o lado japonês a refletir sobre seus erros e corrigi-los, a retratar-se das declarações equivocadas e a tomar medidas práticas para honrar seus compromissos com a China", concluiu.

comentários

  • Usuário:
  • Comentar: