III Fórum Bahia-China é aberto com foco no desenvolvimento econômico sustentável e cooperação em redução da pobreza

Fonte: Xinhua    26.11.2025 14h08

O III Fórum Bahia-China foi aberto na terça-feira em Salvador, capital do estado da Bahia, nordeste do Brasil. Mais de 300 participantes dos círculos políticos, comunidades empresariais e instituições acadêmicas da China e do Brasil se reuniram para deliberar sobre o desenvolvimento econômico sustentável e a cooperação no combate à pobreza.

Em seu discurso de abertura por vídeo, o embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, indicou que a transformação atual, sem precedentes em um século, está se acelerando. Ele disse que por um lado, o mundo está assolado por turbulências e desordem, com a intimidação unilateral grassando e as regras e a ordem internacionais sendo severamente prejudicadas, e, por outro lado, o Sul Global está ganhando um impulso significativo, desempenhando um papel construtivo cada vez maior na salvaguarda da paz mundial e na promoção do desenvolvimento comum. O embaixador assinalou que a China e o Brasil, como grandes potências do Sul Global, devem administrar bem seus próprios assuntos e, ao mesmo tempo, fortalecer ainda mais a cooperação.

A cônsul-geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, observou que, sob a orientação estratégica dos chefes de Estado dos dois países, as relações China-Brasil estão atualmente no seu melhor momento histórico. Os dois lados estão aprofundando continuamente a construção de uma comunidade China-Brasil com um futuro compartilhado, aprimorando o alinhamento das estratégias e fortalecendo a cooperação prática em áreas-chave, como infraestrutura, desenvolvimento da cadeia industrial e transformação ecológica, disse Tian, acrescentando que isso não só beneficia os povos dos dois países, mas também injeta certeza na estabilidade e no desenvolvimento da economia global.

Tian destacou que o estado da Bahia possui uma localização geográfica vantajosa, recursos abundantes e diversidade cultural, com pontos fortes únicos em energia, portos, inovação, agricultura e turismo, e por isso a cooperação entre a China e o estado da Bahia tem bases sólidas e amplas perspectivas.

Este ano, vários projetos chineses implementados no estado da Bahia progrediram tranquilamente: a fábrica de veículos de nova energia da BYD em Camaçari iniciou suas operações; um acordo complementar foi assinado para o projeto da ponte marítima Salvador-Itaparica; e as fábricas da Sinoma Blade e da Goldwind Science & Technology na Bahia estão operando de forma estável.

No fórum, o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, afirmou que a experiência da China no combate à pobreza contribuiu para a saída da pobreza de mais de 24 milhões de brasileiros, incluindo um milhão na Bahia, o que tem um significado importante para o Brasil. Ele também mencionou que a Bahia mantém uma estreita cooperação com a China na transição energética, particularmente nos setores de hidrogênio, energia eólica e solar.

José Acácio Ferreira, diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, disse que a Bahia enviou um número recorde de 72 funcionários à China para estudar como 800 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema em 50 anos e para explorar como essas lições podem ser aplicadas na Bahia.

O fórum, que dura até o dia 26, é organizado de forma conjunta pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, Consulado-Geral da China no Rio de Janeiro e escritório no Brasil do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O evento inclui vários painéis temáticos, que abordam temas como estratégias de desenvolvimento econômico e redução das desigualdades, industrialização sustentável, transição energética justa, inovação tecnológica, e inclusão socioprodutiva, entre os outros, tendo como objetivo fortalecer a cooperação bilateral entre o Brasil e a China, consolidando o estado da Bahia como um centro estratégico para a inovação e o desenvolvimento industrial sustentável no nordeste do Brasil.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)
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