Lu Daxin
O presidente chinês Xi Jinping proferiu um discurso importante na abertura da 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-CELAC realizada em maio deste ano, anunciando que a China está disposta a trabalhar junto com a América Latina e o Caribe para lançar os cinco programas—respectivamente de solidariedade, desenvolvimento, civilização, paz e conectividade entre povos, visando buscar o desenvolvimento e a revitalização conjuntos e construir a comunidade com futuro compartilhado China-América Latina e Caribe. A 8ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), realizada em Shanghai de 5 a 10 de novembro, tornou-se uma janela e uma testemunha do esforço conjunto da China e América Latina e Caribe para o desenvolvimento e a revitalização.
—— A Colômbia: a estreia como país convidado de honra
Em maio deste ano, a Colômbia, a quarta maior economia da América Latina e Caribe, aderiu oficialmente à família da Iniciativa Cinturão e Rota de alta qualidade. Desta vez, como país convidado de honra na CIIE pela primeira vez, a Colômbia enviou uma delegação de mais de 80 empresários liderada pelo ministro de Comércio, Indústria e Turismo, mostrando café premium, chocolate, joias, artigos de couro, cosméticos naturais, artesanatos e outros produtos típicos. Segundo a imprensa colombiana, “Serão apresentados produtos exportados de alto valor agregado da Colômbia na exposição de importação mais importante do mundo”, e que o será evento “um marco fundamental nas relações comerciais bilaterais”.
—— Nicarágua: os “quatro saltos”
Desde o restabelecimento das relações diplomáticas com a China em dezembro de 2021, o Nicarágua nunca se ausentou da CIIE. Da participação virtual da 5ª edição, à participação presencial da primeira empresa na 6ª edição, de enviar uma delegação de mais de 50 empresas para a 7ª edição, ao lançar o convite para encorajar “empresas chinesas a investirem e abrirem negócios no Nicarágua” na 8ª edição, o Nicarágua realizou um "salto qualitativo" na CIIE em apenas 4 anos — de escala pequena a escala grande, de promover comércio a atrair investimento — refletindo o enorme potencial e espaço para a cooperação prática bilateral. O Sr. Gonzalo Castillo, produtor de café nicaraguense, disse que a CIIE abriu as portas do mercado chinês para as empresas nicaraguenses,"Estou cheio de expectativa para o futuro".
——Peru: “de Chancay a Shanghai”
Em novembro de 2024, o novo corredor terra-mar de Chancay a Shanghai entre a Ásia e a América Latina entrou em operação, reduzindo significativamente o tempo e os custos do transporte marítimo entre a China e o Peru, impulsionando as exportações de mercadorias da região para a China. Segundo a imprensa peruana, graças à operação plena do Porto de Chancay, o valor das exportações peruanas aumentou 18,8%, enquanto o volume de carga na rota Peru-Shanghai cresceu 57%. Este ano, mirtilos orgânicos do deserto peruano chegaram ao Porto de Shanghai após uma viagem marítima por 23 dias, realizando sua estreia na CIIE.
—— China e Brasil: A parceria robusta entre gigantes
“Participante regular” em todas as oito edições, o Brasil sempre faz novos parceiros e amigos na CIIE. Na edição atual, a Mixue, uma marca líder de bebidas da China, foi convidada a participar da exposição nacional brasileira do evento e lançou o sorvete de edição limitada "Açaí do Brasil", que será vendido no Brasil e no mercado sul-americano. Em maio deste ano, a Mixue assinou um memorando de entendimento com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), planejando comprar pelo menos 4 bilhões de yuans de produtos agrícolas do Brasil, como café e frutas nos próximos 3 a 5 anos, além de abrir lojas e estabelecer fábricas de cadeia de suprimentos no Brasil, criando 25 mil postos de trabalho no país.
—— Vontade mútua de realizar ganhos recíprocos
Este ano, 27 países da América Latina e Caribe participaram da exposição, fato que reflete o próspero desenvolvimento das relações entre os dois lados. No ano passado, o fluxo de comércio entre China e América Latina e Caribe atingiu recorde histórico de 500 bilhões de dólares americanos. Nos primeiros 10 meses deste ano, o fluxo de comércio China-América Latina e Caribe cresceu 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, uma alta maior que a taxa de crescimento geral do comércio exterior chinês. Recentemente, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas elevou a previsão de crescimento econômico da região em 2025 para 2,4% e a previsão da América do Sul para 2,9%, apontando que essa revisão se deve principalmente ao crescimento do comércio dos países sul-americanos com a China. Os consumidores chineses amam os produtos diversificados dos países da América Latina e Caribe e as empresas latino-americanas e caribenhas almejam expandir o mercado chinês — esta vontade mútua injeta dinamismo forte para o desenvolvimento de ambas as partes.
—— O compromisso de cooperação para o futuro
Durante o período do 14º Plano Quinquenal, com um grupo de renda média superior a 400 milhões de pessoas, um consumo anual de quase 50 trilhões de yuan, e uma importação superior a 20 trilhões de yuan, a China passou a ser o maior mercado de consumo de bens do mundo. O 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) deliberou e aprovou na sua 4a sessão plenária a“Proposta do Comitê Central do PCCh para a Formulação do 15º Plano Quinquenal de Desenvolvimento Econômico e Social Nacional”, formulando o planejamento geral pelas instâncias superiores para o desenvolvimento da China nos próximos 5 anos e apontando que a China concentrará esforços para promover o desenvolvimento de alta qualidade e avançar inabalavelmente na abertura ao exterior de alto nível. A certeza gerada pelo desenvolvimento e abertura da China proporcionará mais oportunidades de desenvolvimento para os países da América Latina e Caribe e todos os países do mundo, e também injetará mais vigor para a CIIE.
Guiados pelos cinco programas para a construção da comunidade de futuro compartilhado China-Ámerica Latina e Caribe, acreditamos que a lista de resultados da CIIE entre as duas partes será mais longa e brilhante no próximo ano. Temos grandes expectativas do "compromisso da CIIE" entre China e América Latina e Caribe no próximo ano.
O autor é observador de assuntos internacionais.