Na 8ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), o empresário Jiang Chunhua, do setor agrícola de Ningxia, na China, assinou um contrato de compra com Luís Correia, proprietário da fábrica de rolhas de cortiça Correia, da antiga cidade de Évora, no sul de Portugal, relativo a 100 mil rolhas de cortiça portuguesas.
Este contrato, que foi assinado rapidamente no local, foi o primeiro desta fábrica portuguesa na CIIE.
Esta é a segunda vez que Luís Correia vem à China. Segundo ele, "Correia" é uma marca familiar com cem anos de história na região de Évora. Desde que iniciou seu próprio negócio em sua terra natal em 2003, esta é a primeira vez que recebe um pedido direto de um produtor chinês, uma empresa vinícola da Região Autônoma da Etnia Hui de Ningxia, no noroeste da China.
Para ele, o mercado de vinho da China está em pleno desenvolvimento, especialmente no segmento de produção. A indústria vinícola do Leste da Montanha Helan, em Ningxia, desenvolveu-se vigorosamente e tornou-se uma das regiões produtoras mais conhecidas da China, trazendo uma enorme demanda por cadeias de abastecimento da indústria. As rolhas de cortiça natural portuguesas podem atender amplamente às novas necessidades das vinícolas chinesas.
O mercado chinês está cheio de vitalidade, disse Correia, afirmando que a oferta de rolhas de cortiça natural corresponde bem à demanda do grande mercado chinês.
Por ocasião da realização da 8ª CIIE, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) também está cheia de expectativas em relação ao vasto mercado chinês. A presidente da agência, Madalena Oliveira Silva, afirmou que, à medida que a economia chinesa se transforma e atualiza em direção a um desenvolvimento de alta qualidade, as empresas portuguesas têm potencial não apenas em processamento de alimentos de alta qualidade e bens de consumo, mas também em áreas como novas energias, economia do mar, transformação digital e saúde.
Na CIIE, realizada em Shanghai, na China, Portugal já não vem apenas para vender produtos, mas para moldar uma marca nacional que combina qualidade, sustentabilidade e inovação. A indústria da cortiça é um exemplo típico desta evolução - já não exibe apenas rolhas, mas apresenta design e moda, contando uma história mais rica a um mercado chinês maduro e exigente, refletiu Bernard Mendia, secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC), em entrevista recente em Lisboa.
Mendia participa na CIIE desde a primeira edição em 2018. Ele acrescentou que a 8ª CIIE é uma excelente oportunidade para Portugal exibir setores estratégicos como agroalimentar, tecnologia e turismo.