Palestinos inspecionam os danos a várias casas no bairro de Al-Nasr, na Cidade de Gaza, após um ataque aéreo israelense, em 12 de setembro de 2025. (Foto: Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Cerca de 300 mil pessoas fugiram da Cidade de Gaza com a intensificação dos ataques de Israel, informou a Rádio do Exército de Israel no domingo (14), citando autoridades de segurança.
Ataques israelenses, principalmente no norte da Faixa de Gaza, mataram pelo menos 68 palestinos e feriram outros 346 nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde de Gaza no mesmo dia.
Os ataques destruíram pelo menos dois prédios de vários andares na Cidade de Gaza, incluindo um pertencente à Universidade Islâmica que abrigava pessoas deslocadas. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, compartilhou um vídeo nas redes sociais mostrando o prédio da universidade sendo bombardeado e desabando.
O exército israelense confirmou ter atingido dois prédios, alegando que o Hamas os utilizava para coleta de informações e vigilância.
Israel afirma que planeja tomar a Cidade de Gaza, onde cerca de um milhão de pessoas viviam e se abrigavam antes do início da ofensiva, como parte de seus objetivos declarados de desmantelar o Hamas e libertar quase 50 reféns mantidos pelo grupo.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chegou a Jerusalém no domingo e visitou o Muro das Lamentações junto com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Os dois devem se reunir.
Netanyahu chamou Rubio de "um amigo extraordinário do Estado de Israel", acrescentando que sua visita demonstrou "a resiliência da aliança entre os Estados Unidos e Israel".
"Sob o comando do presidente Trump e do secretário de Estado Rubio, esta aliança está mais forte do que nunca", enfatizou Netanyahu.
Em declarações a repórteres antes de partir para Israel, Rubio disse que Trump "não estava feliz" com o ataque israelense no Catar na terça-feira (9), mas que isso "não mudaria a natureza de nosso relacionamento com os israelenses". Ele acrescentou que os dois países "teriam que conversar" sobre o impacto nas perspectivas de um acordo de cessar-fogo.
Rubio deve visitar um local de escavação de assentamentos na segunda-feira, administrado pela organização pró-colonos Elad, no bairro palestino de Silwan, em Jerusalém Oriental.
As operações militares de Israel mataram mais de 64.000 pessoas em Gaza desde outubro de 2023, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, com grande parte do enclave reduzida a escombros e a fome se espalhando.