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Suprema Corte brasileira elege ministro Edson Fachin como novo presidente

Fonte: Xinhua    14.08.2025 13h11

O Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu nesta quarta-feira o ministro Edson Fachin, de 67 anos, como o novo presidente da Corte, em substituição a Luiz Roberto Barroso, que tem a mesma idade. A posse está prevista para 29 de setembro. Fachin comandará a Corte pelos próximos dois anos.

Em uma eleição simbólica, Fachin recebeu 10 dos 11 votos possíveis, enquanto Alexandre de Moraes, de 56 anos, foi eleito vice-presidente com o mesmo número de votos. Seguindo a tradição, nenhum ministro votou em si mesmo.

O atual presidente, Barroso, parabenizou Fachin e afirmou que "é uma sorte para o país poder, neste momento, ter uma pessoa com sua qualidade moral e intelectual" como seu sucessor à frente do STF.

Fachin agradeceu aos colegas pela "confiança" e afirmou que assume a presidência com "senso de missão e consciência de um dever a cumprir". Ele acrescentou que continuará "buscando fortalecer a colegialidade e a pluralidade, sempre aberto ao diálogo".

Por sua vez, o novo vice-presidente da Corte, Alexandre de Moraes, descreveu a oportunidade de acompanhar Fachin como uma "honra e uma alegria".

Moraes ganhou notoriedade internacional recentemente por ter sido sancionado pela Lei Magnitsky pelo governo dos Estados Unidos, em razão de sua atuação como relator no julgamento por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, parabenizou os eleitos e destacou sua "extrema dedicação ao trabalho, integridade, segurança e compromisso com os melhores valores da democracia". Gonet concluiu dizendo que "o Supremo Tribunal Federal continuará em excelentes mãos".

Fachin foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal pela ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) e atua na Corte desde junho de 2015. Ele é natural de Rondinha, no Rio Grande do Sul, e doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Além de presidir o Supremo Tribunal Federal, Fachin assumirá a presidência do Conselho Nacional de Justiça, cargo que representa institucionalmente o Poder Judiciário.

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