Uma porta-voz da parte continental chinesa acusou, nesta quarta-feira, o Partido Progressista Democrata (PPD) de Taiwan de "vender" os interesses econômicos da ilha em troca do apoio dos Estados Unidos à sua causa separatista.
Diante do aumento de tarifas dos EUA e de medidas para valorizar o novo dólar taiwanês, as autoridades do PPD falharam em proteger as indústrias locais e os interesses fundamentais do povo de Taiwan, afirmou Zhu Fenglian, porta-voz do Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, em uma coletiva de imprensa regular.
As declarações foram feitas após Washington impor uma tarifa de 20% sobre bens importados de Taiwan, exceto semicondutores, e as autoridades do PPD afirmarem que podem aumentar os investimentos da ilha nos Estados Unidos em até US$ 400 bilhões.
"O investimento de US$ 400 bilhões equivale à metade do produto interno bruto de Taiwan. Como o povo de Taiwan se sentiria?" questionou Zhu.
Ao comentar a tarifa de 100% imposta pelos Estados Unidos sobre semicondutores e um plano de que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) investiria mais US$ 300 bilhões no estado norte-americano do Arizona, Zhu disse que esse aumento de investimento seria uma nova drenagem da vitalidade econômica de Taiwan.
"Se os Estados Unidos são o principal culpado por esvaziar as indústrias de Taiwan, o PPD é seu maior cúmplice", destacou ela.
O PPD tem atendido a todas as exigências dos Estados Unidos nas negociações tarifárias, sem fazer qualquer esforço para pesquisar e propor contramedidas, ao mesmo tempo que insiste em promover inflexivelmente o "desacoplamento" entre os dois lados do Estreito de Taiwan, sabotando a cooperação econômica através do Estreito, acrescentou Zhu.
"Todas essas ações, baseadas no cálculo político do PPD, apenas prejudicarão o ambiente de negócios em Taiwan e reduzirão seu potencial de desenvolvimento", concluiu ela.