Capitólio dos EUA, em Washington, DC, EUA, 29 de junho de 2025.
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto que estende a trégua tarifária com a China por mais 90 dias, segundo um funcionário da Casa Branca na segunda-feira, horas antes do término da trégua comercial entre Washington e Beijing, na terça-feira.
A medida ocorre após a terceira rodada de negociações econômicas e comerciais entre China e EUA, realizada em Estocolmo, Suécia, há duas semanas, quando ambos os lados concordaram em continuar pressionando por uma extensão de 90 dias da suspensão das tarifas recíprocas de 24% dos EUA, bem como por contramedidas da China.
Na segunda-feira, a China afirmou esperar que os Estados Unidos busquem resultados comerciais "positivos".
"Esperamos que os Estados Unidos trabalhem com a China para dar continuidade ao importante consenso alcançado durante a conversa telefônica entre os dois chefes de Estado, deem pleno uso ao mecanismo de consulta econômica e comercial sino-americana e busquem resultados positivos com base na igualdade, respeito e reciprocidade", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa regular.
Beijing e Washington concordaram em maio em suspender as taxas de importação de três dígitos por 90 dias, durante as negociações em Genebra.
As taxas americanas foram então fixadas em 30% sobre as importações chinesas para os EUA, enquanto os produtos americanos para a China receberam uma tarifa de 10%.
Enquanto isso, as fabricantes americanas de chips Nvidia e AMD concordaram em pagar ao governo americano 15% dos lucros provenientes de suas vendas na China. O acordo incomum foi visto como parte das condições para que as empresas recebessem licenças de exportação para a China.