A China introduziu na segunda-feira um programa nacional de subsídios para creches a partir de 2025, como parte de esforços mais amplos para apoiar as famílias e incentivar a natalidade.
O programa oferecerá às famílias 3.600 yuans (cerca de US$ 503) por ano para cada criança menor de três anos.
Os subsídios serão isentos de imposto de renda individual e não serão contabilizados como renda familiar ou individual na identificação dos beneficiários, como aqueles que recebem auxílio-moradia ou são classificados como vivendo em extrema dificuldade.
Espera-se que a política beneficie mais de 20 milhões de famílias a cada ano.
"As práticas internacionais demonstram que os subsídios em dinheiro são uma parte indispensável das medidas pró-natalidade", disse Zhang Benbo, pesquisador de um think tank da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
Song Jian, professor da Universidade Renmin da China, observou que a maioria dos países desenvolvidos que entraram em estágios de baixa fertilidade mais cedo adotaram esquemas semelhantes de subsídios para creches.
Como um dos países mais populosos do mundo, a China enfrenta um duplo desafio demográfico: um número cada vez menor de recém-nascidos e uma população em rápido envelhecimento.
A taxa de natalidade e o número total de recém-nascidos do país caíram por sete anos consecutivos, antes de experimentar uma modesta recuperação em 2024. Enquanto isso, a população chinesa com 60 anos ou mais atingiu 310 milhões no final do ano passado.
Em resposta a esse duplo desafio, a China tem flexibilizado gradualmente suas políticas de planejamento familiar na última década. O país eliminou gradualmente a política do filho único, permitindo que casais casados tivessem dois filhos em 2016, e anunciou apoio a casais que desejam ter um terceiro filho em 2021.