O primeiro-ministro chinês Li Qiang e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, participaram do Simpósio de Líderes Empresariais China-UE, no Grande Salão do Povo em Beijing, capital da China, em 24 de julho de 2025. (Liu Bin/Xinhua)
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, pediu na quinta-feira que a China e a União Europeia (UE) ampliem os laços comerciais e de investimento para fortalecer sua resiliência e vitalidade econômicas, bem como sua capacidade de lidar com incertezas externas.
Li fez as declarações durante o Simpósio de Líderes Empresariais China-UE, que também contou com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Grande Salão do Povo, em Beijing.
Falando a cerca de 60 líderes empresariais, Li afirmou que a cooperação é a única escolha correta para a China e a UE, destacando que os laços comerciais bilaterais demonstraram uma forte dinâmica interna ao longo dos 50 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas.
Perante o aumento do protecionismo e do unilateralismo, China e UE podem desempenhar papéis fundamentais na globalização econômica e na estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos internacionais, trabalhando juntas em defesa do livre comércio e do multilateralismo, além de promoverem uma cooperação econômica e comercial mais estreita, afirmou.
Li propôs que ambas as partes concentrem seus esforços em áreas como comércio de serviços, inovação científico-tecnológica, economia verde e cooperação com terceiros, fomentando uma relação saudável de concorrência e cooperação.
Ele incentivou as empresas de ambos os lados a adotarem uma postura aberta, alinharem suas necessidades e aprofundarem a cooperação nos campos do investimento industrial, expansão de mercado e pesquisa e desenvolvimento conjuntos.
Li ressaltou que a China continuará ampliando sua abertura de alto nível, reduzindo a lista negativa para investimentos estrangeiros, fortalecendo a proteção da propriedade intelectual e promovendo a concorrência justa.
“Recebemos com satisfação mais empresas europeias para investir e manter operações de longo prazo na China,” disse ele, acrescentando que também espera que a UE proporcione um ambiente justo, equitativo e não discriminatório para as empresas chinesas que investem na Europa.
Von der Leyen afirmou que a China é não apenas uma potência industrial, mas também uma líder em inovação.
Ela disse que a UE está disponível para fazer do 50º aniversário das relações diplomáticas uma oportunidade para aprofundar sua parceria de longo prazo, estável e mutuamente benéfica com a China.
Ela observou que a UE pretende ampliar a cooperação com a China em áreas como comércio e investimento, colaborar com o país para promover a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos, lidar com as diferenças de maneira adequada e criar um ambiente favorável à cooperação e aos negócios.
Von der Leyen também destacou que a UE não pretende se desvincular da China e que dá boas-vindas aos investimentos de empresas chinesas na Europa.