Formandos universitários reúnem informações no estande de uma empresa durante uma feira de empregos realizada em Chongqing, em 10 de junho de 2025. (Foto: VCG)
A China está liderando a criação de empregos por meio da introdução de novas ocupações, oferecendo carreiras diversificadas e oportunidades de emprego de alta qualidade.
A iniciativa, liderada pelo Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social da China, alinhará o desenvolvimento de talentos com áreas emergentes e preencherá lacunas de qualificação, afirmou uma autoridade na terça-feira (22).
De acordo com dados divulgados pelo ministério no mesmo dia, a China criou 6,95 milhões de novos empregos urbanos em todo o país no primeiro semestre do ano, atingindo 58% da meta deste ano e mantendo uma taxa de desemprego urbano anual de 5% em junho.
Várias políticas, incluindo a introdução de novas ocupações, foram implementadas para apoiar a estabilidade do emprego, informou o ministério, acrescentando que, de agosto do ano passado até o momento, foram lançados 17 novos empregos e 42 novos tipos de emprego.
Wang Xiaojun, vice-chefe do departamento de desenvolvimento de capacidade profissional do ministério, explicou numa coletiva de imprensa em Beijing que a criação de novas ocupações gera um maior número de oportunidades de emprego de alta qualidade. "Isso proporciona aos trabalhadores trajetórias de desenvolvimento de carreira mais amplas e diversificadas", afirmou.
O rápido crescimento das tecnologias emergentes, como inteligência artificial e big data, está criando inúmeras novas profissões digitais, afirmou Wang, citando produtores de animação gerados por IA e planejadores de voo de enxames de veículos aéreos não tripulados como exemplos de funções que surgem em resposta à evolução do mercado de trabalho.
Até o final de 2024, havia cerca de 1,62 milhão de proprietários de UAVs registrados na China, o dobro do número em comparação ao ano anterior, observou ela.
Wang também destacou o surgimento de novas profissões que atendem às necessidades em evolução dos consumidores, como especialistas em ambiente interno, gerentes de saúde do sono e planejadores de fotografia de viagem personalizados.
"O ministério planeja estabelecer padrões, aprimorar o treinamento e alinhar o desenvolvimento de talentos às demandas do mercado para preencher a lacuna de talentos em áreas emergentes", afirmou.
Li Chang'an, professor da Academia de Estudos de Economia Aberta da China, da Universidade de Negócios e Economia Internacionais, destacou que o lançamento de um novo catálogo a cada ano atende, regula e gerencia as vagas emergentes.
"O surgimento de inúmeras novas vagas é seguido por atividades de treinamento. Os principais objetivos do lançamento de novas ocupações são a padronização e o treinamento, que permitem que os indivíduos obtenham certificados de qualificação para os novos cargos", afirmou.
Novas ocupações desempenham um papel crucial na orientação do emprego, ponderou Li. "Indivíduos, especialmente os jovens, são informados sobre as diversas oportunidades de emprego, incentivando-os a buscar orientação profissional adaptada às categorias ocupacionais em evolução", acrescentou.
O governo chinês realizará treinamento subsidiado para 10 milhões de candidatos anualmente nos próximos três anos, como mais uma ferramenta para aumentar o emprego.
Além disso, o governo criará vagas em setores-chave nas economias digital, verde, prateada e noturna.