Com a abertura da terceira Exposição Internacional da Cadeia de Suprimentos da China (CISCE, na sigla em inglês) em Beijing na quarta-feira, executivos empresariais e funcionários globais expressaram uma necessidade coletiva de reforçar as cadeias de suprimentos por meio de mercados abertos, inovação e compromisso multilateral.
"Este evento é muito mais do que uma exposição. É uma floresta de conexões entre economias, indústrias e povos", disse John Denton, secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional, em seu discurso. "Estamos aqui juntos para promover nossa prosperidade compartilhada."
As observações de Denton ecoaram um consenso generalizado entre os participantes de que construir confiança e integração mais profunda - abrangendo a inovação da IA e a colaboração global em manufatura - é essencial para navegar com sucesso nas crescentes incertezas globais.
Realizada de 16 a 20 de julho, a CISCE 2025 reúne mais de 650 empresas e instituições de 75 países, regiões e organizações internacionais, juntamente com mais de 500 parceiros que integram as cadeias de suprimentos.
Os expositores estrangeiros representaram 35% da participação total - um indicador de interesse comercial duradouro diante dos crescentes ventos contrários geopolíticos e econômicos.
Organizado pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT, na sigla em inglês), o evento é a primeira exposição de nível nacional no mundo que se dedica exclusivamente às cadeias de suprimentos.
Na preparação para o evento, Wang Yiwei, diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade Renmin da China, disse que o envolvimento ativo de empresas multinacionais reflete o "impulso contínuo e a irreversibilidade da globalização".
Wang observou que a China, com o maior e mais completo sistema industrial do mundo, está desempenhando um papel crescente na condução do desenvolvimento global por meio da transformação digital e verde - e é cada vez mais vista como um centro de inovação.
O papel crescente da China nos ecossistemas globais de inovação, especialmente em IA, foi ressaltado pelo CEO da Nvidia, Jensen Huang, ao fazer discurso durante sua primeira aparição na CISCE.
Chamando a cadeia de suprimentos da China de "um milagre", Huang destacou as tecnologias de IA em rápido crescimento do país e seu alcance global. "A IA de código aberto da China é um catalisador para o progresso global", disse ele, pois permite um acesso mais amplo à inovação e apoia a cooperação internacional em padrões e salvaguardas.
Em uma entrevista à margem da exposição, Huang reafirmou o compromisso de longo prazo da Nvidia com o mercado chinês. "Se você quer manter, você tem que investir", disse ele. "O mercado está se movendo tão rápido e é tão competitivo - temos que continuar avançando."
Ele acrescentou que o mercado de tecnologia da China está crescendo rapidamente e continua sendo um foco importante para a empresa, chamando-o de "um mercado muito importante com clientes dinâmicos e inovadores".
A exposição foi realizada depois que a China declarou um crescimento econômico de 5,3% para o primeiro semestre do ano, apesar dos crescentes desafios e incertezas externas.
"A China está entrando em um novo ciclo de oportunidades de mercado", disse Lin Chunmei, presidente e gerente geral da Corning Greater China, em entrevista à Xinhua. "Com o surgimento das tecnologias de IA e nuvem, o mercado de infraestrutura de IA está crescendo mais rápido do que nunca."
Ela observou que a economia estável e resiliente da China, juntamente com seu ambiente de negócios estável e aberto, continua a apoiar o crescimento das empresas. "Nas últimas décadas, vimos melhorias consistentes no clima de negócios da China", acrescentou.
Na cerimônia de abertura, o CCPIT e representantes empresariais globais emitiram uma iniciativa conjunta pedindo estabilidade e segurança da cadeia de suprimentos, transformação digital e verde e cooperação internacional mais forte.
Ren Hongbin, presidente do CCPIT, disse que a exposição se tornou uma plataforma para a abertura de alto padrão da China, pedindo esforços coletivos para salvaguardar o multilateralismo e construir um futuro mais interconectado.
