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O Porto de Pecém, no Ceará, é o porto mais movimentado do nordeste brasileiro, com uma movimentação anual de carga de cerca de 20 milhões de toneladas. Desde que o porto inaugurou uma nova rota direta para a China em abril, o tempo logístico entre a China e o Brasil foi significativamente reduzido, injetando um novo impulso ao desenvolvimento econômico e comercial do Brasil.
A nova rota é operada pela Mediterranean Shipping Company e deverá transportar cerca de 1.200 contêineres da China por semana, aumentando o volume de carga do porto em 10%, o que não só promoverá efetivamente o comércio entre a China e o Ceará, mas também impulsionará o desenvolvimento econômico geral do nordeste brasileiro, disse Max Quintino, diretor do Complexo do Pecém, que engloba o Porto de Pecém.
Antes da abertura da nova rota, as mercadorias da China precisavam primeiro passar pelo Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, para chegar ao Porto de Santos, no sul do Brasil, e depois seguir para o norte, até o Porto do Pecém, afirmou Quintino, acrescentando que a nova rota parte do Oceano Pacífico, através do Canal do Panamá, diretamente para o Porto do Pecém, o que representa um tempo de viagem cerca de 30 dias mais curto do que o anterior, reduzindo custos, o que é muito benéfico para fabricantes e empresários que dependem de entregas mais rápidas.
Os produtos importados pelo Porto do Pecém incluem principalmente aço, máquinas, materiais elétricos, plásticos, etc., e os produtos brasileiros exportados por lá incluem pedras, castanhas, cera de palma brasileira, frutas, carnes, calçados e têxteis, observou Quintino, destacando que com a abertura da nova rota, o tempo de embarque de mercadorias brasileiras do Ceará para a China também foi reduzido em 14 dias, o que efetivamente promoveu o comércio entre a China e o Nordeste do Brasil.
O Porto de Pecém possuía anteriormente três rotas internacionais, uma para a América do Norte e duas para a Europa. As mercadorias para a Ásia eram normalmente transbordadas por rotas europeias. Em janeiro, a nova rota asiática começou a ser testada, e o teste foi muito bem-sucedido, pois o Porto de Pecém conseguiu receber diferentes tipos de mercadorias e navios de grande porte. Em 7 de abril, o cargueiro Qingdao, da Mediterranean Shipping Company, atracou no Porto de Pecém, marcando a operação oficial desta rota.
O Porto de Pecém foi construído no Complexo de Pecém, que integra portos, zonas industriais e zonas de processamento de exportação. A área portuária conta com um terminal marítimo de classe mundial, a zona industrial abriga algumas grandes empresas manufatureiras e a zona de processamento de exportação é usada para atrair novos investimentos.
Nos primeiros quatro meses deste ano, o desempenho do Porto de Pecém atingiu um recorde histórico, com o volume de transporte de contêineres do terminal aumentando 37% em relação ao mesmo período do ano passado e a movimentação geral do porto registrou um aumento anual de 12,4%, disse André Magalhães, diretor comercial do Complexo de Pecém.
Quintino disse que espera que empresas chinesas também participem da construção do porto no futuro para tornar essa rota mais eficiente e fornecer melhores serviços para produtos chineses que entram no Brasil e produtos brasileiros que exportam para a China.
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