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Importações de frutos do mar japonesas retomadas condicionalmente

Fonte: Diário do Povo Online    01.07.2025 09h12

Velejadores pescam camarão na Baía de Notsuke, perto de Betsukai, em Hokkaido, norte do Japão, na manhã de 30 de junho de 2025. [Foto: VCG]

A China retomou condicionalmente as importações de produtos aquáticos de certas regiões do Japão, mas tomará medidas imediatas para restringir tais importações caso algum risco seja identificado, informou o Ministério das Relações Exteriores chinês na segunda-feira (30).

Mao Ning, porta-voz do ministério, afirmou que a decisão foi tomada de acordo com as leis e regulamentos chineses, bem como com as regras do comércio internacional, e se baseia em evidências científicas e em análises e pesquisas criteriosas.

Mao fez os comentários numa coletiva de imprensa diária em Beijing, um dia após a Administração Geral das Alfândegas (AGA) anunciar no domingo (29) que, com efeito imediato, a China retomará as importações de frutos do mar de algumas regiões japonesas.

As autoridades chinesas continuarão fortalecendo as medidas regulatórias para garantir a segurança alimentar da população, disse ela, enfatizando que, caso algum risco seja detectado, as restrições de importação necessárias serão aplicadas imediatamente, de acordo com a lei.

A China proibiu a importação de todos os produtos do mar japoneses em agosto de 2023, logo após o Japão iniciar a liberar grandes quantidades de águas residuais radioativas tratadas de sua Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, desativada, no Oceano Pacífico.

Antes da proibição, o continente chinês era o maior mercado externo para produtos do mar japoneses, seguida pela Região Administrativa Especial de Hong Kong.

A pedido veemente da China e da comunidade internacional, o Japão aceitou o monitoramento internacional das descargas de Fukushima e a coleta e monitoramento independentes por parte da China, afirmou Mao, acrescentando que o Japão prometeu garantir a implementação contínua dessas atividades de monitoramento.

A China e o Japão realizaram várias rodadas de consultas com base nisso, e o Japão prometeu tomar uma série de medidas confiáveis e visíveis para garantir a qualidade e a segurança dos produtos aquáticos exportados para a China, bem como fortalecer a supervisão, observou ela.

Quando questionada se a retomada das importações de produtos aquáticos japoneses significa que a China aprovou a segurança das descargas de Fukushima, Mao reiterou que a oposição da China às descargas oceânicas do Japão permanece inalterada.

A robusta supervisão internacional das descargas foi fortalecida como resultado direto da posição inabalável e das iniciativas construtivas da China, afirmou ela.

A China continuará a trabalhar com a comunidade internacional para instar o Japão a transpor seus compromissos em ações práticas de longo prazo e controlar efetivamente os riscos representados pelas descargas, acrescentou.

De acordo com o anúncio feito pela AGA no domingo, produtos do mar de 10 prefeituras japonesas — Fukushima, Gunma, Tochigi, Ibaraki, Miyagi, Niigata, Nagano, Saitama, Tóquio e Chiba — permanecerão proibidos de entrar na China.

Questionada sobre quando a China poderia retomar a importação de produtos aquáticos dessas 10 regiões, Mao afirmou que o governo chinês sempre adotou uma atitude altamente responsável em relação à segurança alimentar da população. A China continuará a formular políticas relevantes baseadas em princípios científicos e de segurança, acrescentou.

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