Rotas de carga China-EUA voltam a se movimentar com aumento de demanda

Fonte: Xinhua    04.06.2025 08h32

Os navios porta-contêineres que partem da China para os Estados Unidos voltam a experimentar um aumento na demanda, com espaço totalmente reservado e pedidos se acumulando até junho, disseram despachantes e executivos de empresas de navegação, citados pelo China Daily.

Jiang Lei, diretor executivo da Zhejiang Xinqiaoyuan International Logistics, uma empresa expedidora com sede em Ningbo, na Província de Zhejiang, no leste da China, observou que, como a China e os EUA concordaram temporariamente em reduzir as tarifas, muitas empresas americanas retomaram prontamente os pedidos a fornecedores chineses.

Com base no volume de exportação do Porto de Ningbo-Zhoushan, o terceiro maior do mundo em termos de volume de movimentação de contêineres em 2024, o índice de frete entre 24 de maio e 30 de maio para a Costa Leste dos EUA ficou em 2.490 pontos, um aumento de 69,7% em relação à semana anterior, enquanto o índice para a Costa Oeste dos EUA atingiu 3.585,2 pontos, um aumento de 89,2% em termos semanais, conforme os últimos dados divulgados pela Ningbo Shipping Exchange em Zhejiang.

De acordo com o feedback de despachantes e exportadores, as taxas atuais para os EUA continuam a aumentar, com as companhias de transporte cobrando mais de US$ 6 mil por unidade equivalente a 40 pés para a Costa Oeste dos EUA e mais de US$ 8 mil para a Costa Leste dos EUA, informou a Alfândega de Ningbo.

"Com a recuperação dos volumes de carga, a situação da capacidade se reverteu rapidamente. As companhias de navegação estão trabalhando arduamente para alocar capacidade e aumentar a disponibilidade de espaços", disse Qian Long, chefe da Topocean Consolidation Service (China), uma subsidiária do Topocean Group, provedor de soluções para a cadeia de suprimentos com sede na Califórnia.

Silvia Ding, diretora-gerente para a China do grupo de transporte marítimo dinamarquês Maersk Line, afirmou que, para garantir operações estáveis da cadeia de suprimentos, a Maersk começou a aumentar a capacidade nas rotas China-EUA em meados de maio, e o número de pedidos continua a aumentar.

"O volume de carga da China para a América Latina, África, Sudeste Asiático e Oriente Médio aumentou significativamente durante os períodos de flutuação tarifária", disse Ding, observando que isso compensou efetivamente o impacto das flutuações em uma única rota.

Yang Yanbin, vice-gerente geral do departamento de produção e operações do Porto Internacional de Shanghai (Grupo), afirmou que, de 19 a 25 de maio, a movimentação de contêineres para exportações com destino aos EUA, diante do aumento da demanda, atingiu 59 mil contêineres, um aumento de 49,4% em relação à semana anterior.

Todas as viagens anteriormente suspensas com destino aos EUA foram retomadas, trazendo o número de viagens semanais em rotas americanas no porto de volta ao nível normal de 42, disse Yang.

As rotas norte-americanas continuarão movimentadas em junho. As companhias de navegação, incluindo a alemã Hapag-Lloyd e a francesa CMA CGM, relatam uma tendência de aumento notável nas reservas para rotas americanas, informou a Alfândega de Ningbo na semana passada.

O aumento da demanda na rota marítima China-EUA reflete a crença compartilhada entre as empresas de ambos os lados de que a cooperação mutuamente benéfica continua sendo a base de seus laços comerciais, afirmou Lin Meng, diretor do instituto de pesquisa da cadeia de suprimentos moderna da Academia Chinesa de Cooperação Comercial e Econômica Internacional, com sede em Beijing.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)
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