Na 21ª edição da Feira Internacional de Indústrias Culturais da China (em Shenzhen), a inteligência artificial (IA) se destacou como a protagonista absoluta.
A feira contou com a estreia do assistente de exposições com IA "Wen Xiaobo", desenvolvido em conjunto com a Tencent Cloud. Baseado nos grandes modelos Tencent Hunyuan e DeepSeek, além de 20 anos de dados de feiras, o sistema pode combinar expositores com parceiros ideais, gerar traduções em tempo real e produzir relatórios personalizados.
O Diário do Povo Online lançou a plataforma de agentes inteligentes "Chuxin", equipada com seu próprio grande modelo "People’s Smart Media", além de integrar diversos modelos de ponta. A ferramenta usa tecnologia de alinhamento de valores e permite a criação de apps inteligentes como Q&A automatizado e análise de opinião pública — tudo sem necessidade de programação — com foco em produção jornalística e interpretação de políticas públicas.
Um robô barista prepara "latte art" em 90 segundos e pode ainda usar uma foto do cliente como base para a arte na espuma. Robôs humanoides tocaram piano e guzheng ao vivo. Robôs biomiméticos inspirados em poetas clássicos chineses como "Li Bai" e "Du Fu" proporcionaram experiências de "viagem no tempo", encantando estrangeiros com a beleza da poesia chinesa, além das barreiras linguísticas.
A empresa local de Shenzhen, RayNeo, apresentou seus "óculos de IA", que despertaram grande curiosidade entre os visitantes. O dispositivo oferece tradução simultânea de voz e imagem, resumos inteligentes, respostas automatizadas a perguntas, reconhecimento de objetos, navegação espacial e até criação de vídeos em primeira pessoa — tudo em tempo real.
Outro destaque foi o dispositivo "Olho de IA", do Diário do Povo Online, que combina visão computacional com reconhecimento de voz. Funcionando como um guia virtual, ele analisa em tempo real as histórias culturais por trás das obras em exposição e permite que os visitantes "conversem" com relíquias milenares por meio de uma interação multimodal — oferecendo uma experiência imersiva e personalizada.
Projetos que combinam IA e realidade virtual (VR) conquistaram a atenção do público. Em salas de cinema em 360°, os visitantes puderam assistir a apresentações imersivas de estátuas da dinastia Tang ou até mesmo "tocar" relíquias milenares. No estande "Maravilhosa Ningxia", bastava colocar os óculos de VR para ser transportado instantaneamente aos principais pontos turísticos da região, com a possibilidade de interagir com artefatos históricos e decifrar símbolos de antigas civilizações por meio de gestos.
O espaço "Mundo Mágico Mini", também do Diário do Povo Online, tornou-se um dos principais pontos de visitação. Com um design modular e imersivo, que utiliza telas LED dobráveis, lasers sincronizados e um palco espelhado, o local dá vida a espetáculos com inteligência artificial, trazendo o poeta clássico chinês "Su Dongpo" para interagir "ao vivo" com o público.
O "Plano de Parceria em Inteligência de Dados", lançado pelo Diário do Povo Online, integra poder computacional, dados, modelos e aplicações para fornecer soluções de IA completas ao setor cultural.
Dos grandes modelos de inteligência artificial à tecnologia vestível, dos ambientes de realidade virtual à colaboração em ecossistemas digitais, a feira revelou não apenas o potencial da tecnologia para enriquecer a cultura, mas também como a civilização chinesa vem se reinventando no mundo digital para dialogar de forma criativa e profunda com o restante do planeta.