O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo (25) que quer os "nomes e países" de todos os estudantes internacionais matriculados na Universidade Harvard.
A exigência veio poucos dias depois de um juiz federal ter impedido o governo Trump de revogar a permissão de Harvard para matricular estudantes estrangeiros.
"Queremos saber quem são esses estudantes estrangeiros, um pedido razoável, já que damos BILHÕES DE DÓLARES a Harvard, mas Harvard não é exatamente acessível", escreveu Trump em uma publicação no Truth Social. "Queremos esses nomes e países."
"Por que Harvard não diz que quase 31% de seus estudantes são de PAÍSES ESTRANGEIROS, e ainda assim esses países, alguns nada amigáveis aos Estados Unidos, NÃO pagam NADA para a educação de seus alunos, nem pretendem fazê-lo?", escreveu Trump no domingo. "Ninguém nos disse isso!"
Trump também pediu à instituição da Ivy League que pare de solicitar mais financiamento federal.
Na quinta-feira (22), o Departamento de Segurança Interna anunciou que revogaria a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard, proibindo efetivamente a universidade de admitir estudantes internacionais. Todos os estudantes internacionais atuais precisariam se transferir para outra universidade ou perderiam seu status legal.
Harvard então prontamente entrou com uma ação judicial contra a administração, e um juiz federal em Massachusetts emitiu na sexta-feira uma ordem de restrição temporária impedindo o governo de aplicar a proibição enquanto aguarda uma audiência completa.
Os dados de Harvard indicam que, no semestre do outono de 2023, os estudantes internacionais representavam mais de 27% do total de suas matrículas. A universidade atualmente matricula cerca de 6.800 estudantes e acadêmicos internacionais de mais de 140 países e regiões, a maioria dos quais cursando pós-graduação.
Os estudantes internacionais representam uma fonte significativa de receita para as instituições de ensino superior dos EUA.
