A China pede que as Filipinas honrem seus compromissos e parem de criar problemas, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, nesta quinta-feira.
Guo fez as observações em uma coletiva de imprensa regular quando solicitado a comentar sobre uma recente declaração das Filipinas afirmando que nenhuma permissão foi solicitada à China, nem concedida pela mesma, para a realização de sua missão de reabastecimento em Ren'ai Jiao em 4 de março e que não reconhece a autoridade de Beijing sobre Ren'ai Jiao.
Guo ressaltou que a China tem soberania sobre Nansha Qundao, incluindo Ren'ai Jiao, e suas águas adjacentes, observando que a posição da China sobre como lidar com a situação atual em Ren'ai Jiao é clara e consistente.
Ele explicou que, em primeiro lugar, o ato das Filipinas de encalhar um navio de guerra em Ren'ai Jiao por um longo período infringe a soberania da China e viola a Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China (DOC, em inglês). A China exige que as Filipinas reboquem o navio.
Em segundo lugar, antes que as Filipinas removam a embarcação, a China está disposta a permitir que as Filipinas transportem suprimentos para necessidades básicas por considerações humanitárias, desde que as Filipinas notifiquem a China com antecedência e que as remessas sejam verificadas no local, disse Guo.
Em terceiro lugar, a China nunca aceitará que as Filipinas transportem grandes quantidades de materiais de construção para a embarcação em uma tentativa de construir instalações ou postos avançados permanentes, e interromperá resolutamente essas ações de acordo com as leis e regulamentos, enfatizou Guo.
"Com base na posição de princípios acima, em julho passado, a China chegou a um acordo provisório com as Filipinas sobre o reabastecimento humanitário de necessidades básicas", disse o porta-voz.
Ele acrescentou que, desde então, com base no acordo provisório, o lado filipino realizou sete missões de reabastecimento de necessidades básicas. Todo o processo foi monitorado pela Guarda Costeira da China. A China foi informada sobre o reabastecimento antes de sua realização e confirmou no local que a embarcação filipina transportava apenas itens de necessidade humanitária.
"O lado chinês continuará a defender firmemente a soberania, os direitos e os interesses da China. Pedimos às Filipinas que não considerem garantido o esforço ativo da China para manter a situação no mar sob controle, honrem seus compromissos e parem de se esquivar deles e criar problemas", disse Guo.