A parte continental da China se opõe resolutamente a quaisquer laços militares entre os Estados Unidos e Taiwan, disse na quarta-feira Zhu Fenglian, porta-voz do Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, observando que a questão de Taiwan é assunto interno da China e não permite interferência externa.
"Pedimos que os Estados Unidos se atenham ao princípio de Uma Só China e aos três comunicados conjuntos China-EUA, lidem com a questão de Taiwan com o máximo de cautela e parem de instigar os separatistas a buscar a secessão pela força", disse ela.
Ela também alertou as autoridades do Partido Progressista Democrata de Taiwan de que a busca da independência com o apoio dos Estados Unidos é um caminho errôneo e de que recorrer a meios militares levará a um beco sem saída.
Em resposta a uma pergunta da mídia sobre a alegação de um comandante militar dos EUA de que os Estados Unidos deveriam instalar sistemas autônomos no Estreito de Taiwan, Zhu disse que isso mais uma vez prova que o conluio das autoridades do PPD com forças externas em busca de secessão e provocação só aumentará o risco de conflito e de guerra e mergulhará o povo de Taiwan no abismo do desastre.
Zhu pediu que os Estados Unidos parem de interferir na questão de Taiwan, parem de alimentar as tensões e provocar problemas no Estreito e evitem enviar sinais errados às forças separatistas da "independência de Taiwan".
Zhu também respondeu a uma pergunta da mídia sobre as recentes observações de um futuro subsecretário do Pentágono de que o "orçamento de defesa" de Taiwan deveria se aproximar de 10% de seu PIB, dizendo que tais observações têm como objetivo vender mais armas a Taiwan para beneficiar o complexo militar-industrial dos EUA.
Ela alertou as autoridades do PPD que o pagamento de "taxas de proteção" aos Estados Unidos não trará segurança - em vez disso, acelerará a queda de Taiwan em uma situação perigosa.
Com relação a uma declaração recente dos ministros das Relações Exteriores do G7 e do Alto Representante da União Europeia sobre os recentes exercícios militares chineses em torno de Taiwan, Zhu reiterou que esses exercícios foram realizados para deter, punir e alertar contra tentativas separatistas e interferência externa.
Ela enfatizou que tais ações são necessárias e justificadas para proteger a soberania nacional e a integridade territorial.
Se os países relevantes desejam sinceramente a paz através do Estreito, eles devem respeitar seriamente o princípio de Uma Só China e se posicionar contra a "independência de Taiwan", disse ela.