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Protestos em massa contra a administração Trump são realizados nos EUA e na Europa

Fonte: Diário do Povo Online    07.04.2025 09h27

Centenas de milhares de manifestantes se reuniram em dezenas de cidades nos Estados Unidos e na Europa no sábado (5) para protestar contra as políticas controversas da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo a imposição das chamadas "tarifas recíprocas", o fechamento de agências federais e a deportação de imigrantes.

Nos Estados Unidos, cerca de 600.000 pessoas se juntaram a mais de 1.400 protestos em todos os 50 estados sob o tema "Tire as mãos", de acordo com os organizadores.

Organizado por uma coalizão de mais de 150 grupos, incluindo organizações de direitos civis, sindicatos e associações de veteranos, os manifestantes se reuniram em capitólios estaduais, prédios federais, escritórios do Congresso, sedes da Administração da Previdência Social, prefeituras e parques públicos.

"Este movimento pacífico é alimentado por pessoas comuns — enfermeiras, professores, alunos, pais — que estão se levantando para proteger o que mais importa. Estamos unidos, somos implacáveis e estamos apenas começando", disse Rahna Epting, diretora executiva do grupo ativista MoveOn.

Manifestantes se reúnem contra políticas controversas reveladas pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, no Grand Park, no centro de Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, em 5 de abril de 2025. (Foto: Qiu Chen/Xinhua)

"Estamos aqui lutando pela alma da América", disse Angela C, uma manifestante em Los Angeles, à Xinhua. "Continuaremos a ser a luz guia para o progresso, a compaixão e a justiça no mundo, como os pais financiadores sonharam? Ou seguiremos Trump para nos tornarmos outro valentão patético com um grande bastão para explorar todos os outros países do mundo?"

Alguns funcionários eleitos também aderiram à campanha. A prefeita de Boston, Michelle Wu, afirmou que não quer que seus filhos e outros vivam em um mundo onde ameaças e intimidação são os meios de governo e valores como diversidade e paz estão sob ataque.

Em resposta aos protestos, a Casa Branca informou numa declaração que "o presidente Trump não será impedido de cumprir as promessas que fez para tornar nosso governo federal mais eficiente e mais responsável perante os trabalhadores contribuintes americanos em todo o país que o reelegeram ", segundo noticiou o USA Today.

Protestos também foram realizados em cidades europeias como Berlim, Frankfurt, Paris, Londres e Lisboa. Em Berlim, centenas de pessoas se reuniram do lado de fora de um showroom da Tesla para protestar contra o proprietário da Tesla, Elon Musk, que também é um aliado próximo de Trump. Em Londres, manifestantes se reuniram na Trafalgar Square, segurando cartazes dizendo "Orgulho Americano Envergonhado" e gritando "Tire as mãos do Canada" e "Tire as mãos da Groenlândia".

As marchas na Europa aconteceram poucos dias depois de Trump impor uma tarifa "recíproca" de 20% sobre as importações da UE, e o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, compareceu à sua primeira reunião de ministros das Relações Exteriores da OTAN em Bruxelas no início desta semana — amplamente vista como um esforço para administrar as tensões entre os dois lados do Atlântico antes da cúpula dos líderes da OTAN em junho.

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