A Conferência Anual 2025 do Fórum Boao para a Ásia (BFA, em inglês) foi aberta na quinta-feira em Boao, na Província de Hainan, sul da China.
O vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, também membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, participou da cerimônia de abertura, pedindo o fortalecimento da confiança mútua, o aumento da cooperação ganha-ganha, a promoção da globalização econômica e a salvaguarda do sistema de livre comércio.
Fundado em 2001, o BFA é uma organização internacional não governamental e sem fins lucrativos comprometida em promover a integração econômica regional e aproximar os países asiáticos de seus objetivos de desenvolvimento. De 25 a 28 de março, a conferência deste ano tem como tema "Ásia no mundo em mudança: rumo a um futuro compartilhado".
Dirigindo-se à cerimônia de abertura, Ding disse que um progresso significativo foi feito na construção de uma comunidade asiática com um futuro compartilhado na última década.
"A China e a ASEAN têm estabelecido uma parceria estratégica abrangente, e a Parceria Econômica Abrangente Regional tem entrado em vigor", disse o vice-primeiro-ministro.
Ele acrescentou que a integração econômica regional foi fortalecida e a participação da Ásia na economia global está aumentando constantemente.
"Nosso mundo está passando por instabilidade e incerteza muito maiores", observou Ding, pedindo esforços conjuntos para enfrentar os desafios globais, construir um lar asiático compartilhado e inaugurar um futuro melhor para a Ásia e além.
É necessário fortalecer a solidariedade e a cooperação por meio de uma maior confiança mútua, disse Ding. Esforços devem ser feitos para defender os valores asiáticos construídos em torno da paz, cooperação, inclusão e integração, e respeitar os interesses centrais e as principais preocupações de cada um, acrescentou.
Ding enfatizou a importância de promover a globalização econômica por meio da abertura e integração, pedindo esforços para salvaguardar conjuntamente o sistema de livre comércio, defender o regionalismo aberto e se opor firmemente ao protecionismo comercial e de investimento.
Para promover a prosperidade e o desenvolvimento por meio do benefício mútuo e da cooperação ganha-ganha, é imperativo cumprir a Iniciativa de Desenvolvimento Global e melhorar ativamente a subsistência das pessoas, observou Ding.
Ele ressaltou a necessidade de salvaguardar a tranquilidade e a estabilidade por meio da coexistência pacífica. A visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável na Ásia deve ser mantida, enquanto esforços devem ser feitos para garantir que a Ásia continue a ser uma terra de paz e estabilidade, disse Ding.
Sobre a economia chinesa, Ding disse que o desempenho econômico no país tem sido estável com uma perspectiva mais forte.
O país fará o melhor possível para cumprir as metas e tarefas deste ano para o desenvolvimento econômico e social, disse ele. "A China está confiante em realizar esses objetivos e contribuirá para o desenvolvimento na Ásia e no mundo."
O crescimento impulsionado pela inovação da China ganhou um impulso mais forte, apresentando oportunidades não apenas para o próprio país, mas também para a Ásia e o mundo, disse Ding.
Descrevendo a abertura como uma marca distinta da modernização chinesa, o vice-primeiro-ministro prometeu que a China se abrirá mais para o mundo, não importa como o ambiente externo mude.
"Damos as boas-vindas às empresas de todos os países para investir e operar na China, participar do processo de modernização chinesa e compartilhar as oportunidades de desenvolvimento da China", disse ele.
A cerimônia de abertura de quinta-feira contou com a presença de mais de 1.500 representantes de mais de 60 países e regiões, incluindo autoridades, líderes empresariais e acadêmicos.