Uma paz duradoura no conflito israelense-palestino só pode ser alcançada por meio da solução de dois Estados, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, no sábado, ao retornar da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do Grupo dos 20 (G20) em Joanesburgo, África do Sul.
Durante a conversa, Wang, que também é membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, manteve discussões aprofundadas sobre questões regionais com Abdelatty.
Abdelatty forneceu uma atualização sobre os últimos desenvolvimentos em Gaza, observando que o Egito está comprometido em promover a plena implementação do acordo de cessar-fogo e está trabalhando com outros países árabes para desenvolver um plano de reconstrução. Ele enfatizou que o Egito se opõe ao deslocamento forçado do povo palestino.
A China é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e presidente rotativa do conselho este mês, e os países árabes valorizam muito o papel único e importante da China, disse Abdelatty, acrescentando que os países árabes esperam o apoio da China na restauração da paz e na reconstrução de Gaza.
Wang disse que a China é amiga dos países árabes e uma parceira estratégica abrangente do Egito. Ele expressou o apoio da China à posição justa das nações árabes, bem como a oposição ao deslocamento forçado do povo palestino, pedindo a implementação plena e efetiva do acordo de cessar-fogo.
Gaza faz parte do território palestino, e qualquer planejamento futuro sobre ela deve respeitar a vontade do povo palestino, ao mesmo tempo que adere ao princípio de "palestinos governando a Palestina" na governança pós-conflito, disse Wang, enfatizando a urgência de se formularem planos de reconstrução e governança.
A China aprecia os esforços do Egito e de outros países árabes, acrescentou.
Somente aderindo à solução de dois Estados as causas profundas podem ser totalmente resolvidas e uma paz duradoura finalmente alcançada, observou Wang.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre questões relacionadas ao Sudão e à Síria.
