A China apoia firmemente o sistema de livre comércio com a Organização Mundial do Comércio (OMC) em seu núcleo e continuará a apoiar a reforma do órgão internacional, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, na última sexta-feira.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as observações ao se reunir com a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, à margem da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 em Joanesburgo, a maior cidade e centro econômico da África do Sul.
Durante a reunião, Wang observou que a China, como membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU) e firme defensora da atual ordem internacional, busca o multilateralismo genuíno e apoia firmemente tanto o sistema internacional com a ONU em seu núcleo quanto o sistema de livre comércio com a OMC em seu núcleo.
Ele ressaltou que, embora o unilateralismo e o protecionismo prevaleçam hoje, a tendência da globalização econômica é irreversível. Portanto, todas as partes devem trabalhar juntas para promover a liberalização e facilitação do comércio, acelerando a recuperação econômica global.
A China continuará a apoiar a diretora-geral no avanço da reforma da OMC, ouvindo as vozes dos países do Sul Global e acompanhando as tendências progressistas dos tempos, disse Wang.
"A China adere à sua posição como um país em desenvolvimento, mas nunca se esquiva de suas responsabilidades internacionais", disse ele. "Continuaremos a cumprir nossas obrigações e demonstrar nossa responsabilidade como um grande país."
Okonjo-Iweala, por sua vez, observou que, em meio ao caos no mundo, a China se moveu na direção certa, alcançou a meta de redução da pobreza da ONU antes do previsto, avançou rapidamente na industrialização e fez conquistas notáveis na educação. O sucesso da China estabeleceu um modelo para outros países em desenvolvimento seguirem, disse ela.
A OMC aprecia muito o compromisso da China em resolver disputas comerciais por meio do diálogo e da consulta dentro de mecanismos multilaterais de maneira madura e racional. A entidade também espera continuar recebendo forte apoio da China na promoção da reforma da OMC, acrescentou.
