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"Seis Pequenos Dragões de Hangzhou”: Exploração e inspiração

Fonte: Diário do Povo Online    20.02.2025 14h28

Numa reunião de empresários do setor privado realizada em 17 de fevereiro em Beijing, dois jovens empreendedores chamaram particularmente a atenção. Um deles foi Wang Xingxing, fundador da Unitree Robotics, e o outro Liang Wenfeng, fundador da DeepSeek.

O primeiro nasceu em 1990 e o segundo em 1985. Eles representam a nova geração de empreendedores chineses, cujas empresas se tornaram referências nas indústrias emergentes do país.

Unitree Robotics, DeepSeek, Game Science, NeuraMatrix, MetaCellTech e VoxelCloud são empresas emergentes de tecnologia, todas com sede em Hangzhou. Os internautas apelidaram essas seis empresas de “Seis Pequenos Dragões de Hangzhou”.

No início do Ano Novo Chinês, produtos inovadores e de grande impacto, como os robôs humanoides que brilharam no show de gala do Festival da Primavera e os avanços nos modelos de IA, fizeram com que o nome dos “Seis Pequenos Dragões de Hangzhou” ecoasse por todo o país.

Rapidamente, algumas cidades começaram a questionar: “Por que esses 'Seis Pequenos Dragões' não surgiram aqui?”. Essa reflexão levou a uma análise sobre o ambiente de negócios, o apoio ao talento, investimento em inovação e o papel orientador do governo.

O fenômeno demonstra, antes de mais, que as empresas e o povo chinês têm a capacidade de liderar nos campos mais avançados da tecnologia. Essas seis empresas atuam em áreas como inteligência artificial, robótica, interfaces cérebro-máquina, softwares de design em nuvem e desenvolvimento de jogos — todos setores de alta tecnologia.

Elas não apenas aprimoram resultados existentes, como também desbravam territórios desconhecidos. Diante das barreiras de patentes e das limitações tecnológicas impostas por outros países, o surgimento dessas empresas comprova que a China possui a força e a confiança necessárias para superar desafios e alcançar avanços de forma independente.

Esse fenômeno revela também ao mundo o imenso potencial contido no vasto território e mercado chinês. Os “Seis Pequenos Dragões de Hangzhou” representam uma nova geração de empresas privadas, lideradas por jovens empreendedores com espírito inovador.

As conquistas passadas da China foram fruto de gerações de trabalho árduo, e o potencial futuro será também concretizado por meio dessa dedicação contínua.

Além disso, os “Seis Pequenos Dragões de Hangzhou” transmitem outra mensagem importante: a China continua trilhando um caminho de desenvolvimento próprio, proporcionando benefícios para o mundo.

O modelo de inteligência artificial de código aberto DeepSeek-R1 reduziu as barreiras para aplicações de IA; os robôs da Unitree quebraram as barreiras de alto custo impostas por alguns países; e os avanços da NeuraMatrix nas interfaces cérebro-máquina prometem beneficiar inúmeros pacientes.

Esse é um exemplo claro de “igualdade tecnológica” promovida pela China. Os artigos científicos e produtos gerados a partir dessas novas tecnologias são, em essência, bens públicos, com potencial para beneficiar todos os países. Diante dos desafios de uma recuperação econômica global lenta e do aumento das tensões geopolíticas, surge a questão: dedicar esforços ao “desacoplamento” e à repressão de concorrentes ou focar na inovação para impulsionar o progresso tecnológico global? Mais uma vez, a China respondeu com ações concretas.

Para outras cidades chinesas, o fenômeno dos “Seis Pequenos Dragões de Hangzhou” serve como um alerta: a competição entre cidades chinesas evoluiu de uma disputa por incentivos fiscais para uma disputa por ecossistemas de inovação.

Em Hangzhou, o processo para empresas se estabelecerem é simples, e o governo adota uma abordagem de “não interferir sem necessidade e atender prontamente quando solicitado”. Como resultado, os jovens talentos “votam com os pés”, estabelecendo raízes firmes na cidade.

Para o mundo, o fenômeno dos “Seis Pequenos Dragões de Hangzhou” também traz um insight valioso: o que a humanidade realmente necessita não são ganhos rápidos e especulativos, mas sim uma busca perseverante e visionária. O futuro não está no isolamento por detrás de muros altos, mas na ousadia de liderar, na abertura e na cooperação para o benefício mútuo.

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