Várias descobertas inovadoras da China em arqueologia no ano passado dividiram os holofotes na quarta-feira, em um fórum em Beijing, organizado pelo Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais, quando o instituto divulgou sua lista anual das 6 principais novas descobertas arqueológicas.
Os sítios e itens descobertos, desde o paleolítico à dinastia Qing (1644-1911), fornecem exemplos excecionais de mais de 1.700 escavações arqueológicas em todo o país em 2024, disse Qiao Yunfei, vice-diretor da Administração Nacional do Patrimônio Cultural.
Objetos de pedra desenterrados na primeira fase do sítio paleolítico de Dadong, na cidade de Helong, Jilin. (Foto: Xinhua)
As escavações no sítio Dadong, em Helong, província de Jilin, revelaram descobertas de classe mundial do período Paleolítico, pois o sítio foi considerado o maior sítio selvagem do final da era paleolítica, com os mais ricos vestígios culturais encontrados no nordeste da Ásia.
As mais de 20.000 ferramentas de pedra e fósseis de animais de há 15.000 a 50.000 anos atrás enriquecem a compreensão das pessoas sobre os métodos de produção e estilo de vida dos povos antigos no nordeste da Ásia durante esse período, e podem melhorar a compreensão sobre a evolução e disseminação dos humanos modernos pelo nordeste da Ásia.
Diagrama ilustrativo da restauração do assentamento da cultura Shangshan, no sítio de Xiatang, condado de Xianju, Zhejiang. (Foto: Xinhua)
Outra descoberta de importância de classe mundial é o sítio Xiatang, no condado de Xianju, província de Zhejiang, que tem diversos vestígios da cultura Shangshan - uma cultura neolítica de 11.000 a 8.500 anos atrás. As descobertas podem fornecer materiais para o estudo da agricultura de arroz, a qual remonta a quase 10.000 anos.
Dai Xiangming, professor de arqueologia na Universidade Normal da Capital, disse: "Ele retrata vividamente o estágio inicial da sociedade agrária chinesa, que era baseada no cultivo de arroz, cuja idade e importância podem ser comparáveis à civilização de cultivo de trigo na Ásia Ocidental".
Cerâmica desenterrada no sítio de Siwa, condado de Lintao, Gansu (foto de arquivo). (Foto: Xinhua)
Arqueólogos chineses continuam a explorar as origens da civilização chinesa, já que descobertas no sítio Siwa, no condado de Lintao, província de Gansu, mostram o nível de desenvolvimento e civilização da sociedade primitiva na parte ocidental do Planalto de Loess, há 5.000 anos.