A China está disposta a trabalhar com a União Europeia (UE) para realizar uma série de eventos comemorativos e se preparar para a próxima reunião de líderes China-UE, estabelecendo um novo plano para os laços bilaterais nos próximos 50 anos e injetando um novo impulso nesta parceria, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, na última sexta-feira.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as observações ao se reunir com Kaja Kallas, alta representante para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da Comissão Europeia, no marco da Conferência de Segurança de Munique.
Este ano marca o 50º aniversário das relações diplomáticas China-UE e as duas partes devem aproveitar esta oportunidade para revisar as experiências da sua cooperação bem-sucedida, reafirmar a sua parceria estratégica, defender o diálogo e a cooperação como princípios orientadores, manter o tom fundamental da cooperação de benefício mútuo e ganha-ganha, e continuar a ser parceiras estratégicas baseadas no respeito mútuo, confiança e estabilidade de longo prazo, disse Wang.
Wang enfatizou que não há conflitos de interesse fundamentais ou contradições geopolíticas entre a China e a UE. Ambos os lados defendem o multilateralismo, apoiam o papel central das Nações Unidas, defendem a solução de questões internacionais por meio do diálogo e da negociação e se opõem ao bullying unilateral, acrescentou.
A China está disposta a fortalecer a comunicação estratégica com a UE, aumentar o entendimento mútuo e contribuir conjuntamente para uma maior estabilidade global, disse ele.
Kallas afirmou que a UE valoriza muito suas relações com a China e está disposta a trabalhar em conjunto para se preparar para a próxima reunião de líderes UE-China e os eventos comemorativos do 50º aniversário das relações diplomáticas, além de planejar o desenvolvimento futuro das relações bilaterais.
Ela elogiou a liderança da China na abordagem de questões como as alterações climáticas e manifestou a disponibilidade da UE para cooperar com a China na defesa do multilateralismo e na salvaguarda dos objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre a crise na Ucrânia. Wang elaborou a posição chinesa, destacando que a China apoia todos os esforços que conduzem à paz e apoia a Europa a desempenhar um papel significativo no processo de negociação de paz.