A China administrou sua primeira dose de uma vacina contra o papilomavírus humano (HPV) para homens na Província de Hunan, centro da China, na tarde de quinta-feira, de acordo com o centro provincial de controle e prevenção de doenças.
O receptor em Changsha, capital da Província de Hunan, tornou-se o primeiro homem na parte continental da China a receber a vacina contra o HPV, depois que a gigante farmacêutica americana Merck anunciou que sua vacina quadrivalente contra o HPV Gardasil havia sido aprovada para indicações adicionais pela Administração Nacional de Produtos Médicos.
Depois de ser aprovada para uso em mulheres na parte continental da China, a vacina contra o HPV agora está disponível para homens de 9 a 26 anos de idade para prevenir doenças causadas pelos tipos 16 e 18 do HPV, como o câncer anal, bem como verrugas genitais causadas pelos tipos 6 e 11 do HPV.
É a primeira e única vacina contra o HPV autorizada para uso em homens na China, de acordo com a empresa.
"Com essa aprovação ampliada, esperamos ajudar a proteger essa nova população de homens chineses contra certos tipos de câncer e doenças relacionados ao HPV", disse Joseph Romanelli, presidente da Human Health International da Merck, expressando otimismo em relação à entrada nesse novo mercado.
O HPV é considerado um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, pois não só causa câncer cervical em mulheres, mas também pode levar a vários tumores malignos em homens, disse o professor Chen Xi, que trabalha com o centro provincial de controle e prevenção de doenças.
De acordo com a Comissão Nacional de Saúde, a vacinação de homens também é importante para a prevenção do HPV. Na China, a população-alvo da vacina contra o HPV é principalmente mulheres. Embora a vacinação das mulheres ofereça alguma proteção cruzada para os homens, confiar apenas nisso é insuficiente.
A China tem se esforçado para expandir sua abertura no campo da medicina, atraindo mais gigantes farmacêuticos globais, como a Merck, para explorar o mercado promissor. Em setembro de 2024, a China anunciou que acrescentaria isenções às tarifas de importação e ao imposto sobre valor agregado para medicamentos e dispositivos médicos elegíveis em uma zona piloto médica especial na Província de Hainan antes de 2025.