O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (2019-2022) para sua cerimônia de posse em 20 de janeiro em Washington, mas para comparecer ao evento será necessário autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo próprio Bolsonaro em mensagem nas redes sociais, na qual informou ter solicitado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que o investiga por diversos crimes cometidos durante a presidência, a devolução do seu passaporte para que possa viajar para os Estados Unidos com o objetivo de "comparecer a este honroso e importante evento histórico".
O passaporte de Bolsonaro está apreendido desde fevereiro do ano passado por ordem do juiz Moraes.
"Estou honrado em receber o convite do presidente Trump para sua posse", escreveu Bolsonaro. O convite foi enviado por e-mail ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, pelo diretor-executivo da comissão de posse, Richard Walters.
No final de 2024, o ex-presidente, investigado em vários processos, foi acusado pela Polícia Federal de ter comandado um plano de golpe após ter perdido as eleições de 2022 para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que em 8 de janeiro de 2023, uma semana após assumir o cargo, sofreu uma tentativa de derrubada com a invasão de bolsonaristas na sede dos três poderes, em Brasília.
Bolsonaro se declara aliado de Trump (2017- 2021), com quem coincidiu no exercício do poder entre 2019 e 2021.
O jornal O Globo lembrou que, em 2020, Bolsonaro foi o último líder estrangeiro a reconhecer a vitória do presidente americano, Joe Biden, diante das acusações infundadas de fraude eleitoral de Trump.