O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, elaborou na última sexta-feira a posição da China sobre a atual turbulência no Oriente Médio.
A tarefa urgente é cessar-fogo imediato, além de interromper a violência e aliviar a crise humanitária, disse Wang. A saída fundamental é aderir a uma solução política e retomar o diálogo e a negociação, enquanto o princípio básico é apoiar a autodeterminação e evitar interferências externas.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as observações quando questionado sobre as opiniões da China acerca dos atuais conflitos no Oriente Médio em uma reunião de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, em Beijing.
Desde a eclosão do conflito em Gaza, o Oriente Médio tem visto uma onda de violência após a outra, disse Wang, apontando que a instabilidade e os conflitos frequentes no Oriente Médio afetaram seriamente a paz e a segurança internacionais.
Wang pediu a todas as partes relevantes que cumpram as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, cessem as ações que estimulem a escalada das tensões regionais e evitem criar novos obstáculos para a realização do cessar-fogo.
O Conselho de Segurança da ONU deve assumir seriamente a responsabilidade de manter a paz e a estabilidade no Oriente Médio, e todos os membros do Conselho de Segurança da ONU devem fazer contribuições ativas para esse fim, em vez de criar problemas.
"Devemos dar prioridade máxima ao bem-estar das pessoas na região e à segurança e estabilidade regionais, continuar nossos esforços de diálogo e consulta, manter o ímpeto da reconciliação regional impulsionada pela retomada das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irã, resolver as diferenças por meio da inclusão, aumentar a confiança mútua por meio da cooperação e construir uma nova arquitetura de segurança sustentável no Oriente Médio com base no consenso de acomodar mutuamente as preocupações", disse ele.
Wang enfatizou que o Oriente Médio pertence aos povos do Oriente Médio, enquanto o futuro e o destino dos países do Oriente Médio deveriam estar há muito tempo nas mãos da própria população local.
A comunidade internacional deve respeitar seriamente a soberania e a integridade territorial dos países da região, proceder verdadeiramente de acordo com os méritos das próprias questões e a equidade e justiça internacionais, e ajudar, em vez de substituir, os países da região na busca de soluções para os conflitos.
Wang enfatizou que a estabilidade é a premissa do desenvolvimento, e o desenvolvimento é a força motriz da estabilidade. Espera-se que todos os países do Oriente Médio deixem de lado suas rixas passadas, resolvam seus rancores, coloquem o desenvolvimento pacífico geral no Oriente Médio em primeiro lugar e protejam e construam conjuntamente a região, disse ele.
"Nesse processo, a China, como amiga sincera de todos os países do Oriente Médio, continuará a ser uma defensora da paz e da estabilidade na região, uma promotora do desenvolvimento e da prosperidade, uma protetora da unidade e da independência e se tornará uma parceira confiável de longo prazo de todos os países do Oriente Médio", observou Wang.
