O presidente da China, Xi Jinping, recebeu na manhã da terça-feira (10) os chefes das principais organizações econômicas internacionais em Beijing. Na ocasião, ele expressou uma série de opiniões sobre a economia global, a economia chinesa e a governança global.
De acordo com o líder chinês, o protecionismo e a dissociação não favorecem ninguém. Cada um deve considerar o desenvolvimento alheio como oportunidade em vez de desafio, e tratar os outros como parceiros e não como oponentes. Além disso, ele enfatizou que guerras tarifárias, comerciais, bem como de ciência e tecnologia vão de encontro às tendências da história e às leis da economia, por isso, não haverá vencedores nestes confrontos.
No encontro, representantes de instituições de peso, como a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, a presidente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, enalteceram a China como uma propulsora do crescimento da economia mundial e uma defensora do multilateralismo. Eles manifestaram o desejo de continuar fortalecendo as cooperações com Beijing para promover o livre comércio, a globalização econômica e a estabilidade da cadeia global de suprimentos.
A cadeia global de abastecimento é uma importante garantia para as atividades econômicas, e resulta das regras do mercado e das escolhas das empresas. Portanto, se este mecanismo for prejudicado, a produção poderá ser interrompida, os custos deverão aumentar e a inovação tecnológica será desacelerada.
No início deste ano, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, alertou que a fragmentação econômica poderia levar a uma perda de 7% do produto interno bruto global, equivalente ao PIB anual da França e da Alemanha juntos.
Uma consequência das altas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses nos últimos anos é que o comércio entre a China e os Estados Unidos foi "desviado" por terceiros, elevando o custo do comércio global.
Não há saída para o fechamento, e a abertura é o caminho certo. Em pouco mais de um mês, os Estados Unidos darão início a um novo governo. Diante de muitos desafios globais, a comunidade internacional espera que as relações China-EUA se desenvolvam em uma direção estável, saudável e sustentável e desempenhem um papel importante na manutenção da estabilidade das cadeias de produção e suprimentos.
