Um pesquisador chinês da Universidade de Changzhou adquiriu dois álbuns de fotos do Japão, fornecendo novas evidências de crimes de guerra relacionados ao Massacre de Nanjing, ocorrido em 1937 e perpetrado pelas tropas invasoras japonesas, informou a universidade na segunda-feira.
Um álbum, contendo 73 fotos, foi tirado durante a ocupação de Nanjing. Entre as imagens estão fotos que documentam as operações de rotina de uma organização militar japonesa localizada perto de cais de Xiaguan, em Nanjing, agora reveladas pela primeira vez.
Durante o Massacre de Nanjing, a organização não era responsável apenas pelo apoio logístico aos invasores, mas também tinha uma tarefa secreta: destruir os corpos das vítimas do massacre para apagar as evidências, de acordo com Lu Yanming, pesquisador chinês da Universidade de Changzhou.
A descoberta desse álbum confirma os registros históricos relacionados ao Massacre de Nanjing, disse Sun Zhaiwei, historiador do Massacre de Nanjing e pesquisador da Academia Provincial de Ciências Sociais de Jiangsu.
O outro álbum contém mais de 150 fotos relacionadas às instalações de defesa aérea da época da guerra em Nanjing.
"Essas fotos têm um claro propósito de investigação militar e são provas irrefutáveis da invasão da China pelas tropas japonesas", disse Lu.
O Massacre de Nanjing ocorreu quando as tropas japonesas capturaram a então capital chinesa em 13 de dezembro de 1937. Durante seis semanas, eles mataram aproximadamente 300.000 civis chineses e soldados desarmados em um dos episódios mais bárbaros da Segunda Guerra Mundial.