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Juventude da Rota da Seda se encontra em Jiangsu, café latino-americano com sucesso na China

Fonte: Diário do Povo Online    21.10.2024 10h13

Na noite de 18 de outubro, a área histórica e cultural de Huilongwo, em Xuzhou, estava especialmente animada. No mercado do Carnaval Latino-Americano, o estande do Café Newijk atraiu mais de 30 jornalistas da América Latina e do Caribe, e o ar estava repleto do aroma intenso a café.

Naquele dia, o projeto de intercâmbio juvenil "Juventude da Rota da Seda se Encontra em Jiangsu", promovido pelo Diário do Povo Online, continuava sua jornada por Xuzhou.

A fundadora do café Newijk, Diana, é da Costa Rica, um dos principais países exportadores de café do mundo. "Minha cidade natal fica em uma região montanhosa a mais de 1400 metros de altitude, com solo fértil de baixa acidez, boa luminosidade e abundância de chuva, ideal para o cultivo de café", disse Diana, que cresceu cercada pelo aroma do café, enquanto seus pais vendiam a bebida há mais de 50 anos.

"Diana explicou que os agricultores locais têm um rigoroso controle no cultivo dos grãos de café, com um processo rastreável desde o plantio até a moagem. Os grãos resultantes são conhecidos como “grãos de café dourados".

Com habilidade, Diana pegou um punhado de grãos de café de torra média, moeu, colocou no filtro e, após 15 minutos, preparou uma deliciosa xícara de café coado. "Nossos grãos misturam doçura de laranja, caramelo e mel, com um travo a cana-de-açúcar e chocolate amargo, resultando em um sabor rico".

"Em minha terra natal, o café é uma cultura importante que proporciona renda para as populações". Diana busca agora formas de levar esses "grãos de café dourados" mais longe, com o olhar voltado para a China. Em 2022, ela fundou sua própria marca de café coado, tornando-se a primeira mulher da família a vender café fora do país.

Ao chegar à China, Diana enfrentou alguns obstáculos: não entendia chinês, não sabia como se registrar em plataformas de comércio online e não tinha ideia de como promover seu produto.

Com a ajuda do consulado e do governo local, esses problemas foram sendo paulatinamente superados. "De Beijing, Shenzhen, Sanya, até Xuzhou, meu café está vendendo cada vez mais!".

Manuel Bermudez Garcia, editor e jornalista do "Jornal Universitário" da Universidade da Costa Rica, faz parte do grupo de jornalistas latino-americanos. Ele ficou surpreso ao encontrar o sabor de sua terra em um país estrangeiro. "O café saiu das montanhas da Costa Rica, atravessou oceanos e chegou a um mercado de Xuzhou, na China. A economia e a cultura de ambos os países se encontram neste pequeno grão de café".

"A Colômbia é também um grande país produtor de café, e nos últimos anos a interação com a China tem aumentado", comentou Paula Valentina Murcia Molano, jornalista do site "Valora Analisis".

"Estou feliz que nosso café esteja sendo reconhecido no mercado chinês e espero que a amizade entre a China e a América Latina se aprofunde, garantindo mais oportunidades comerciais", afirmou.

Ao lado do café Newijk, havia estandes exibindo chocolates do Brasil e do Equador, ametistas do Uruguai, carne e vinho do Chile, além de carteiras e lenços personalizados com características da América Latina.

Tudo isso representa um microcosmo das estreitas relações comerciais entre Xuzhou e a América Latina.

Em 2023, o volume total de importações e exportações de Xuzhou com a América Latina e o Caribe ultrapassou 14,5 bilhões de yuans. As histórias de comércio e de benefícios mútuos continuam a aumentando.

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