Para pôr fim ao conflito palestino-israelense, são necessários vontade política e esforços diplomáticos, e não armas, munições e sanções unilaterais, afirmou na quarta-feira Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Mao fez as observações em uma coletiva de imprensa diária quando solicitada a comentar sobre a decisão dos EUA de impor sanções a indivíduos e entidades de terceiros países por financiar o Hamas na segunda-feira, mas fornecendo US$ 8,7 bilhões em ajuda militar a Israel ao final de setembro.
O conflito palestino-israelense se prolonga por mais de um ano, causando a morte de mais de 40.000 pessoas em Gaza, a maioria das quais, mulheres e crianças. A comunidade internacional concordou com a necessidade de diminuir as tensões, acabar com os combates e a violência, proteger os civis e evitar desastres humanitários, disse Mao.
"Para pôr fim a este conflito, precisamos de vontade política e de esforços diplomáticos, e não de armas, munições e sanções unilaterais", afirmou Mao, acrescentando que um grande país tem de desempenhar o papel que lhe compete, ser objetivo e justo, assumir a liderança na observância do direito internacional e envidar esforços positivos para pôr fim aos combates o mais rapidamente possível, controlar a situação e evitar o alastramento da crise.
Também é relatado que Israel pretende retaliar significativamente contra o Irã e pode ter como alvo instalações de produção de petróleo, instalações nucleares e outros locais estratégicos dentro do Irã. O Irã disse que qualquer ataque de Israel será recebido com uma resposta firme.
Mao disse que a China está profundamente preocupada com a turbulência no Oriente Médio. "Nós nos opomos a movimentos que alimentam o antagonismo e expandem o conflito, e pedimos a todas as partes que lidem com a situação atual com uma atitude calma, racional e responsável no interesse da paz e da estabilidade na região", disse ela.
A comunidade internacional, especialmente os países grandes com influência, precisam desempenhar um papel construtivo para evitar mais turbulências, observou a porta-voz.