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| Hideo Shimizu sai de casa para Osaka para pegar um voo para a China, na Prefeitura de Nagano, Japão, em 11 de agosto de 2024. (Zhang Xiaoyu/Xinhua) |
Hideo Shimizu, ex-membro da Unidade 731, o notório destacamento japonês de guerra bacteriológica durante a Segunda Guerra Mundial, chegou de avião à cidade de Harbin, província de Heilongjiang, no nordeste da China, na noite de segunda-feira, esperando testemunhar e expor os crimes cometidos pela unidade durante a invasão japonesa da China durante a guerra.
Na sua agenda está uma visita ao Salão de Exposições de Evidências de Crimes Cometidos pela Unidade 731 do Exército Imperial Japonês e o antigo local da Unidade 731 na terça-feira.
Shimizu, de 94 anos, estava entre o último grupo de membros da Unidade 731 do Corpo de Jovens enviados pelo Japão para Harbin, China, onde passou mais de quatro meses testemunhando os crimes de guerra cometidos pela unidade, incluindo o cultivo de patógenos, dissecações humanas e experimentos humanos. Ele fugiu da China com as forças japonesas em retirada em 14 de agosto de 1945.
Em 2016, Shimizu revelou sua identidade como ex-membro da Unidade 731 e começou a expor as atrocidades do Exército Imperial Japonês por meio de discursos públicos e entrevistas, com o objetivo de contar verdades históricas.
Esta visita é o primeiro retorno de Shimizu ao solo chinês em 79 anos. Ele já havia expressado um forte desejo de retornar à China para orar pelos falecidos e pedir desculpas às suas famílias. A viagem foi possível graças a doações de vários grupos civis japoneses.
"A guerra terminou há 79 anos, e a maioria dos membros da Unidade 731 morreu. Shimizu é atualmente o único membro sobrevivente que está disposto a expor os crimes da Unidade publicamente. Ele provavelmente será o último membro da Unidade 731 a retornar a Harbin", disse Jin Chengmin, curador do salão de exposições.
A Unidade 731 era uma base de pesquisa de guerra química e biológica ultrassecreta estabelecida em Harbin como centro nervoso da guerra biológica japonesa na China e no Sudeste Asiático durante a Segunda Guerra Mundial.
Pelo menos 3.000 pessoas foram usadas em experimentos humanos pela Unidade 731, sendo que mais de 300.000 pessoas na China foram mortas pelas armas biológicas do Japão.
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