Moçambique realizou a administração da vacina contra a malária na província central da Zambézia como parte dos esforços contínuos do governo para eliminar uma das principais causas de hospitalização e mortalidade no país.
A vacina é de administração intramuscular, e o grupo alvo são crianças com idade entre os 6 e 11 meses de idade, disse Armindo Tiago, ministro da Saúde, durante a cerimônia de lançamento em Quelimane, capital provincial da Zambézia, nesta segunda-feira.
Para as crianças que iniciarem a vacinação depois dos 6 meses, a segunda e terceira doses da vacina serão dadas com um espaçamento de quatro semanas entre elas, e a quarta e última dose com um espaçamento de seis meses, disse Tiago.
Tiago afirmou que para a aquisição e distribuição da vacina o país investiu 211 milhões de meticais (US$ 3,3 milhões).
O país tem 800.000 doses da vacina disponíveis, que serão administradas em todas as unidades de saúde da Província da Zambézia, disse ele.
O foco na Província da Zambézia está relacionado com a disponibilidade limitada da vacina. Se a vacina não estivesse em falta, teria sido introduzida simultaneamente em todo o país, disse ele, acrescentando que o lançamento do imunizante pode cobrir todas as regiões do país até o próximo ano.
Dos 6 milhões de pacientes com malária diagnosticados em Moçambique neste ano, 196 perderam suas vidas, segundo o ministro.
De acordo com o ministro, após a vacinação, podem aparecer efeitos secundários como febre, dor ou inchaço no local da injeção, mas que é uma reação que irá passar em curto tempo. Portanto, ele apela a todos os setores da sociedade para cooperarem nesse esforço.
Como a segunda província mais populosa do país, depois de Nampula, a Zambézia foi escolhida como a província pioneira devido ao alto número de casos de malária e mortes registradas entre crianças com menos de cinco anos de idade, conforme o Ministério da Saúde.
"É segura, eficaz e proporciona proteção adicional contra a malária. Muitos países já introduziram a vacina contra a malária com resultados satisfatórios, como Malaui, Gana, Quênia, Benim, Burundi, Sudão do Sul, Uganda e Serra Leoa", destaca o ministro.