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Brasil reafirma que só se posicionará sobre as eleições na Venezuela após a divulgação das atas

Fonte: Xinhua    01.08.2024 11h03

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que a posição do Brasil foi decisiva para as eleições presidenciais a serem realizadas na Venezuela, e que o governo brasileiro só se pronunciará sobre os resultados das eleições após a publicação das atas detalhando os resultados.

Durante o programa de rádio Bom Dia Ministro, produzido pela estatal Empresa Brasil de Comunicação, Padilha destacou que o Brasil tem sido um mediador desde o início, junto com outros países.

"O que queremos, num país como a Venezuela e todos os nossos vizinhos, é que eles estejam em paz, sem conflitos. Se forem bem na economia, se estiverem bem na situação de pacificação, sem conflitos, quem mais ganha é o Brasil. Porque o Brasil vende mais do que compra para esses países vizinhos da América do Sul", disse o ministro.

Depois das eleições presidenciais realizadas no domingo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com 51,2%, contra 44,2% do adversário Edmundo González Urrutia. A oposição questiona o veredicto.

O ministro Padilha lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que só comentará os resultados quando forem divulgadas as atas dos postos de votação.

"O Brasil teve essa atitude desde o início. Não se apressou em fazer nenhuma declaração de um lado ou de outro; pelo contrário, adotou uma postura firme, inclusive em conjunto com outros países como México e Colômbia. O próprio diálogo com o presidente dos Estados Unidos Biden, ontem (terça-feira) foi nesse sentido", destacou Padilha.

Na noite de terça-feira, o governo brasileiro informou que, em conversa telefônica, o presidente Lula disse a Biden que a posição de seu governo em relação à Venezuela é "continuar trabalhando pela normalização do processo político no país vizinho, o que terá efeitos positivos para toda a região".

"O que o Brasil tem dito é que só vai se posicionar e o presidente Lula também só vai se posicionar sobre o resultado (na Venezuela) quando houver ata", reiterou o ministro Padilha.

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